Mais de 70% dos reajustes em setembro foram iguais ou superiores à inflação
No acumulado do ano, cenário é mais frequente nos setores de comércio e indústria
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A maioria dos reajustes salariais feitos no mês de setembro foram iguais ou superiores à inflação. Segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), 77,6% das 450 negociações se encaixaram no cenário, enquanto apenas 22,4% ficaram abaixo do índice inflacionário.
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A variação real média dos reajustes foi de 0,13%, sendo o primeiro valor positivo desde setembro de 2020. Levando em consideração somente os reajustes acima da inflação, a variação real média em setembro ficou em 1,27%. Já quando analisado apenas os reajustes abaixo da inflação, a taxa foi de -1,64%
"O resultado refletem o impacto da queda dos preços (deflação) ocorrida nos últimos três meses e o efeito das negociações de categorias com maior poder de negociação. Os dados de setembro se assemelham aos de junho de 2022, quando 75,9% dos reajustes foram iguais ou superiores à inflação", disse o Dieese.
No acumulado do ano, reajustes iguais ou acima do índice inflacionário foram mais frequentes no comércio (cerca de 71%) e, depois, na indústria (cerca de 68%). O último segmento, no entanto, contém o maior número de reajustes com aumentos reais no painel analisado (27,6%). Nos serviços, esse número chega a 49% dos casos.
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O Dieese alerta que a melhora do resultado ainda não foi suficiente para reverter o quadro geral de 2022. No cômputo do ano, até setembro, 21,6% dos 15.028 acordos e convenções coletivas de trabalho analisados definiram reajustes acima da inflação; 36,5%, igual e 41,9%, abaixo do índice inflacionário. Com isso, a variação real média é, até o momento, negativa (-0,79%).