Varejo paulista registra crescimento de 11,3% no primeiro semestre
Melhora do nível de emprego e queda da inflação estão entre as motivações de consumo
Camila Stucaluc
O varejo paulista registrou crescimento de 11,3% entre janeiro e junho deste ano, cifra que representa R$ 54,7 bilhões a mais do que o registrado em 2021. Segundo dados da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), o faturamento real do primeiro semestre ficou 37% superior à média histórica para o período.
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Com exceção das concessionárias de veículos e das lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, todas as atividades analisadas demonstraram recordes históricos nas vendas acumuladas. No mês de junho, especificamente, as lojas de vestuário, tecidos e calçados foram o grande destaque, com crescimento de 18,4%.
Em seguida, ficaram os setores de farmácias e perfumarias (14,9%); lojas de autopeças e acessórios (14,2%); outras atividades (12,7%); supermercados (7,2%); concessionárias de veículos (3,4%); lojas de materiais de construção (1,9%); lojas de móveis e decoração (0,7%); e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (0,1%).
Na avaliação da FecomercioSP, considerando o nível de consumo atual, o ritmo de expansão do setor deve se manter ao longo do segundo semestre, mas com taxas menos vigorosas em relação às atuais. A melhora do nível de emprego, a queda da inflação e o aumento da oferta de crédito estão entre as motivações do setor.
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"Os recursos do Auxílio Brasil podem alavancar o consumo, em especial de bens essenciais. Contudo, é preciso considerar que fatores imprevisíveis, como os políticos e sociais, e turbulências inesperadas na economia podem exercer reflexos negativos na confiança do consumidor. Além disso, o nível de endividamento das famílias já atinge patamares preocupantes", analisou a entidade.