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Economia

Questionado, ministro de Minas e Energia defende mineração na Amazônia

Adolfo Sachsida rechaçou impostos maiores para grandes lucros e foi aplaudido por empresários em São Paulo

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Sacchsida
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Confiante de sua atuação como Ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida deixou o púlpito e caminhou entre as mesas do almoço-debate promovido pelo Grupo de Líderes Empresarias (Lide), nesta 4ª feira (14.set) em São Paulo. No discurso, pouco sobre sua pasta, a qual ocupa a principal cadeira há aproximadamente cinco meses. Muito sobre economia, a qual esteve logo abaixo de Paulo Guedes.

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Sachsida citou trabalhos que considera positivos e partiu para o que pensa que deve ser feito. Começou com o que a maioria dos empresários gostaria de ouvir: "A Índia e outros países aí estão aumentando impostos sobre os grandes lucros. Nós não podemos fazer isso, nós temos que atrair investimentos para cá. Por exemplo, para o combustível baixar de preço, nós temos que atrair esse setor", deixando uma dúvida, reforçada em outra frase: "Precisamos atrair investimento para o Brasil. Porque tá tendo uma realocação pelo mundo, saindo da Rússia, da China. Tem que vir para o Brasil. Quando vem investimento, até o preço do combustível baixa", avaliou o ministro.

Essas duas vezes não foram as únicas que o segmento de combustíveis foi citado. Junto ao fato de empresas de outros países, algumas delas de energia fóssil, estarem saindo de países como a Rússia, a dúvida é se as companhias que trabalham com petróleo e carvão, seriam bem-vindas no Brasil, para baixar os preços dos combustíveis, mas, tornando nossa matriz energética menos limpa.

Perguntado pelo SBT News, o ministro ponderou que todo projeto precisa ter impacto positivo ambiental e social. Assim como comentou sobre o setor de mineração, o qual cogita ampliar. "O Brasil tem que ser um Canadá. Chamei o pessoal da mineração. Estamos olhando os marcos legais do Canadá e vendo o que pode ser feito aqui".

A ideia é envolta de polêmicas ambientais. Um estudo lançado essa semana pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), mostra que se a mineração for liberada na região amazônica, mais de 180 km² podem ser desmatados. Questão levantada por um dos empresários presentes. O ministro reforçou que "respeitarão meio ambiente e sociedade" e logo emendou que o projeto vai mais do que dobrar a participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB) do país: "De 2%, podemos chegar a 5%", e justificou sem embasar: "Não existe transição energética sem aumento da mineração", ao considerar que baterias precisam do lítio, minério recém liberado para exploração no Brasil e que pode gerar mais de um bilhão de reais em investimentos, conforme o governo federal divulgou há dois meses.

Sachsida também defendeu a segurança jurídica do setor, que precisaria de uma reforma em marcos legais: "Temos energia limpa, segura, e barata. O Brasil tem energia barata, mas a conta é cara. É preciso um trabalho de atualização das leis de modo a consolidar os marcos legais".

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