Custo de produção afeta venda de soja e milho do Brasil para o mundo
Estudo comparou condições de brasileiros, argentinos, ucranianos e americanos ao longo de cinco safras
Os altos custos de produção afetam a competitividade da soja e do milho brasileiros no mercado internacional. De acordo com um levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), no Brasil, durante as cinco últimas safras, a média de gastos na produção de soja foi de US$ 551,7 por hectare. Argentina, Ucrânia e Estados Unidos, investiram US$ 269,3 por hectare, US$ 315,5 por hectare e US$ 508,3 por hectare, respectivamente.
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Na comparação por volume, novamente aparece com a menor média a Argentina, com US$ 79 por tonelada. Ucrânia investiu US$ 134,7 por. Os brasileiros, US$ 158,1 por tonelada. Já os Estados Unidos registraram US$ 162,4 por tonelada.
O Brasil avançou sobre os EUA porque o rendimento médio foi mais alto por aqui. Porém, os custos com sementes, fertilizantes, defensivos agrícolas, diesel e manutenção das máquinas, além da mão de obra, são mais caros para os brasileiros.
No caso do milho, os EUA tiveram custo de produção mais alto no período analisado, de US$ 904,2 por hectare. Na Ucrânia, foi de US$ 640,3. O Brasil investiu US$ 496,5 por hectare. Os argentinos gastaram US$ 451,5 por hectare.
O maior custo por tonelada produzida é do brasileiro, de US$ 92,4. Nos EUA, gastaram US$ 82,5. Na Ucrânia foram US$ 80,5. Argentina, US$ 49,8 por tonelada. Só que a maior receita líquida operacional foi alcançada nos EUA, com US$ 711 por hectare. Na Ucrânia, as fazendas renderam US$ 600 por. Os argentinos conseguiram US$ 469. Já os brasileiras, US$ 336,6 por hectare.
Mas, durante as cinco safras analisadas, a rentabilidade argentina se destaca com alta de 146,4%. Os ucranianas ganharam 120,9% a mais. Os americanas, 96,2%. De novo, os brasileiras foram menos favorecidos, com 61,5%.
Na pesquisa, o Cepea considerou os valores médios de duas fazendas de mesmas proporções nos quatro países.
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