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Economia

América Latina: índice de clima econômico cai pelo 4º trimestre

Levantamento da FGV mostra o Brasil como maior influenciador do pessimismo

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Clima
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O Índice de Clima Econômico da América Latina (ICE) recuou no terceiro trimestre de 2022 em relação aos três meses anteriores. A informação foi divulgada nesta 2ª feira (22.ago) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre). A maior influência veio das expectativas futuras em relação a situação atual. 

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Este é o quarto levantamento seguido do (ICE) que mostra queda na comparação com o trimestre anterior. O indicador ficou em 54,7 pontos no terceiro trimestre. Retração de 12,6 pontos ante o segundo trimestre, que obteve 67,3 pontos.

O resultado é o menor desde o segundo trimestre de 2020, início da pandemia. quando chegou a 41,7 pontos, o mais baixo de toda a série histórica da pesquisa, iniciada em 2007.

O indicador é composto por dois índices: de situação atual (ISA) e de expectativas (IE). No ISA, o nível caiu de 48,8 pontos no segundo trimestre para 44,3 pontos no terceiro trimestre. Já o IE despencou de 87,2 pontos no segundo trimestre para 65,5 pontos no terceiro trimestre.

"Já tivemos níveis baixos como esse antes, mas agora chama a atenção essa queda forte. Em geral, piorava o clima econômico, mas muito puxado ao clima atual. Só que agora o que mais influencia o resultado é a piora das expectativas. Isso é um sinal de alerta, indica uma desaceleração econômica nos próximos meses", afirma a pesquisadora associada do FGV Ibre Lia Valls.

Quanto maior o país, maior a influência sobre o índice. Então, o Brasil influencia bastante. O ICE brasileiro ficou em 54,5 pontos no terceiro trimestre, menos 8,2 pontos em comparação ao trimestre anterior. O índice é uma combinação de um índice de situação atual de 42,9 pontos (12,9 pontos acima do trimestre anterior) e de um índice de expectativas de 66,7 pontos (33,3 pontos abaixo do trimestre anterior).

"Estamos em um ano eleitoral, em que geralmente há mais incerteza. E o cenário atual é muito conturbado. Temos a questão da inflação também e os indicadores econômicos não estão muito bons, apesar de terem melhorado um pouquinho", analisa Valls.

A américa Latina tem dez países compondo o índice. Oito demonstraram pessimismo no terceiro trimestre. A maior queda ocorreu no Uruguai, com -27,0 pontos. As únicas exceções foram Paraguai (9,9 pontos, para 101,1 pontos) e Bolívia (1,7 ponto, para 67,6 pontos).

O ICE varia de 0 a 200 pontos. Os resultados de 100 pontos ou mais estão na chamada zona favorável, quando há uma perspectiva mais positiva da confiança.

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