Famílias com renda maior puxam otimismo em relação ao consumo
Indicador da Intenção de Consumo das Famílias chega a 95,6 pontos em agosto, maior nível em dois anos
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As famílias brasileiras que ganham acima de dez salários mínimos estão mais confiantes em relação ao consumo. O otimismo dessa parte da população foi apurado pela pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
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Entre julho e agosto, a Intenção de Consumo das Famílias (ICF) subiu 1,1%, até atingir o maior patamar desde abril de 2020, no início da pandemia. O índice chegou a 95,6 pontos. Na comparação anual, a expansão foi de 17%. Para a economista da CNC Catarina Carneiro da Silva, o resultado surpreendeu. " Este mês a variação foi mais forte e isso chamou a atenção. Mas já faz um tempo que elas [as famílias de maior renda] estão mais otimistas", avalia.
Sobre os juros
Ainda de acordo com a economista, as famílias de maior renda são menos sensíveis ao peso das altas taxas de juros exatamente porque têm renda maior, não dependem do crédito como as famílias que ganham menos. Mesmo com os auxílios destinados aos mais pobres, os consumidores mantêm a cautela, já que a inflação ainda está alta e o crédito caro. Estas famílias não têm dinheiro disponível para toda e qualquer compra, têm que estabelecer prioridades sobre o que comprar. Isso explica porque o indicador de otimismo com o consumo, entre as famílias menos favorecidas, subiu 0,4%. Entre as famílias de maior capacidade de consumo, a alta chegou aos 3,3%.
Seis segmentos que entram nas contas para elaborar o indicador mês-contra-mês tiveram alta, com destaque para nível de consumo atual (2,8%). Ao todo são sete segmentos. Na comparação anual também subiram seis tópicos. O item perspectiva profissional foi o destaque, com alta de 27,3%.
Consumo dos jovens
Com maior probabilidade de ocupação profissional, os jovens até 35 anos são os que revelam maior disposição para as compras. Eles ocupam 80,6% dasa vagas abertas em junho, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nesse recorte da pesquisa, o grupo dos jovens atinge 72,2 pontos, alta de 21,3%.