Governo reduz taxa de importação do glifosato, um herbicida polêmico
Princípio ativo de alguns produtos, esse agrotóxico é o mais utilizado nas lavouras brasileiras
Pablo Valler
O governo federal reduziu de 9,6% para 3,8% a taxa de importação do glifosato, que é o princípio ativo dos agrotóxicos mais usados no Brasil. A decisão foi tomada em uma reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex).
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A proposta surgiu para diminuir os custos de produção da agricultura e, possivelmente, diminuir a pressão sobre os preços dos alimentos. A notícia divide opiniões, de novo, entre o agronegócio e os mais preocupados com o meio ambiente e a saúde humana.
A Organização das Nações Unidas (ONU) considera o glifosato perigoso, por ser um princípio ativo sem estudos suficientes para comprovar que não é cancerígeno, motivo de denúncias pelo mundo. Atualmente, o produto está proibido totalmente ou parcialmente em 21 países.
De janeiro a julho, foram importadas 180,4 mil toneladas, conforme o Camex. Mesmo antes da redução da alíquota, o volume não caiu em relação aos anos anteriores. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), em 2020 foram trazidas 246 mil toneladas.
"A redução tarifária foi feita de ofício pelo governo brasileiro, em continuidade à política de redução de custos de insumos com ampla utilização em cadeias produtivas, que, para o caso em específico, refere-se ao setor agrícola", informou em nota o ministério da Economia.
A medida entrou em vigor nesta 6ª feira (05.ago) e valerá por um ano.
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