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Economia

Atacado de alimentos registra queda de 1,91% nos preços em junho

Clima estável ajudou na produção e, por consequência, no valor cobrado

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Ceagesp
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Os preços das frutas, legumes, verduras e pescados, em uma média geral, registraram queda em junho, de 1,91%, na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp). Nos últimos três meses, o índice acumula queda de 12,09%.

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O tempo ajudou a manter a estabilidade na oferta dos produtos, informou a Ceagesp. "Caso as condições climáticas continuem sem maiores intercorrências, a tendência do índice para o mês de julho é de estabilidade ou redução, salvo se não houver estabilização na volatilidade no preço do setor de Frutas, que pode afetar o índice positivamente", destacou a Ceagesp.

O setor de frutas teve um acréscimo de 1,39%. As temperaturas mais baixas provocaram uma diminuição no ritmo de maturação do mamão havaí, reduzindo a oferta no mercado. Diante disso, houve maior procura pelo mamão formosa, elevando também os preços dessa variedade. Já para a melancia, a redução na colheita da produção proveniente do Estado do Goiás provocou uma diminuição em sua oferta (-16,38%).

Dos 38 itens da cesta de produtos, 52,63% variaram positivamente. As principais altas ocorreram com: mamão havaí (+63,43%), mamão formosa (+22,83%), melancia (+10,14%), uva niágara (+7,97%) e maracujá azedo (+7,89%). As principais reduções ocorreram com: uva itália (-1,60%), uva benitaka (-11,30%), banana prata (-10,28%), coco verde (-9,18%) e laranja pera (-9,00%).

O setor de legumes registrou queda de 5,53%. Destaque para os tomates, que chegam ao mercado também com melhora na qualidade. A baixa procura de fim de mês também contribuiu para a pouca variação nos preços médios.

Dos 33 itens cotados nesta cesta de produtos, 48,49% tiveram uma variação negativa em seus valores médios. As principais reduções ocorreram nos preços da cenoura (-24,75%), do tomate pizzad?oro (-20,12%), da berinjela (-17,68%), da abobrinha italiana (-17,34%) e do tomate carmem (-16,52%). As principais altas ocorreram com: pepino caipira (+43,62%), vagem macarrão curta (+43,18%), chuchu (+26,97%), jiló redondo (+21,92%) e pepino comum (+19,85%).

O setor de Verduras teve grande variação negativa, de 13,99%. Essa queda poderia ter sido ainda maior, segundo a companhia, caso não houvesse elevação do custo do produtor rural.

Dos 38 itens cotados nesta cesta de produtos, 81,58% variaram negativamente nos preços médios. As principais reduções ocorreram com: brócolis ninja (-49,26%), salsa (-37,69%), nabo (-32,60%), brócolis ramoso (-32,26%) e acelga (-19,66%). As principais altas ocorreram com: cenoura com folha (+22,02%), do milho verde (+20,17%), beterraba com folha (+13,26%), da cebolinha (+11,36%) e do rabanete (+7,76%).

O setor de Diversos mostrou uma queda nos preços de 0,62%, o que pode ser considerado como estabilidade de preços. Os produtos de maior peso (cebola e batata), que haviam sofrido forte valorização no índice anterior, passaram por uma acomodação, arrefecendo a pressão sobre o setor. Em compensação, os produtos de época, tais como canjica, coco seco e amendoim, puxaram as cotações, mas ainda assim o setor fechou o mês em queda.

Dos 11 itens cotados nesta cesta de produtos, 36,36% apresentaram uma variação negativa de preços. As principais reduções ocorreram com: cebola nacional (-18,37%), batata lavada (-2,13%), batata asterix (-1,91%) e ovos vermelhos (-0,33%). As principais altas ocorreram com: canjica (+14,71%), coco seco (+11,37%), amendoim com casca (+8,24%), alho importado argentino (+8,09%) e alho nacional (+4,39%).

O setor de Pescados registrou queda nos preços de 3,15%. Segundo a Ceagesp, alguns itens do setor de tiveram redução na oferta, tais como robalo (-36,29%) e camarão cativeiro (-13,70%), mas mesmo assim apresentaram redução nos preços. Os agentes de mercado esclareceram que estes itens, por terem alto valor, as oscilações na oferta não necessariamente afetam os preços imediatamente. Em compensação, o aumento na oferta da corvina (+18,81%) e da betarra (+11,58%) foi proporcionalmente menor do que a procura, fazendo com que houvesse um aumento de preços.

Dos 28 itens cotados nesta cesta de produtos, 42,86% apresentaram uma variação negativa, com as principais reduções ocorrendo nos preços da pescada (-23,08%), das anchovas (-21,65%), do robalo (-8,82%), do camarão cativeiro (-7,62%) e da abrotéa (-5,62%). as principais altas ocorreram nos preços de: cavalinha (+27,65%), corvina (+20,13%), lula congelada (+17,42%), betarra (+7,50%) e polvo (+5,17%).

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