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Economia

Quase 30% dos brasileiros vivem com menos de meio salário mínimo

Aproximadamente 10 milhões de pessoas empobreceram durante a pandemia

Imagem da noticia Quase 30% dos brasileiros vivem com menos de meio salário mínimo
Pessoas agachadas para recolher alimentos
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Uma pesquisa da fundação Getúlio Vargas coloca em números o que muita gente já percebeu pelo país. Quase dez milhões de pessoas empobreceram no Brasil, ao longo dos anos de pandemia, e vivem com menos de meio salário mínimo.

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As 12 horas de trabalho na venda de tapioca não têm sido suficientes para o sustento da família da Mariane Sena. A renda mensal, às vezes, não passa de R$ 500. "É questão de escolhas e prioridades, na realidade a gente escolhe ou a gente compra o alimento pra comer diariamente que a gente precisa entre comprar uma roupa, um lazer", conta. 

Pelo menos 29,6% dos brasileiros (quase 63 milhões) vivem com menos de meio salário mínimo (R$ 497) por mês, segundo o mapa da nova pobreza, divulgado pela fundação Getúlio vargas (FGV). De 2019 para 2021, durante a pandemia do novo coronavírus, o país ganhou 9,6 milhões de novos pobres.

O mapa foi elaborado com base nos dados da pesquisa nacional por amostra de domicílios. A pobreza chegou ao nível mais alto no ano passado, desde o início da série histórica da pesquisa há dez anos. Entre os estados, o pará se manteve estável( 2019/46,73% e 2021/ 46,85%), sem crescimento da pobreza relevante. Entretanto, em Pernambuco, a proporção de pobres aumentou mais de oito pontos percentuais (2019/42,19% e 2022/50,32%).  

Em termos absolutos, a pobreza maior foi verificada no Maranhão onde atinge 57,9%, seguido do Amazonas (51,42%) e Alagoas (50,35%). O menor índice está em santa catarina (10,16%). São Paulo, o estado mais populoso, ficou com 17,85%.

"As causas são associadas à chegada da pandemia no país. Gerou uma perda de ocupação as pessoas não puderam trabalhar, depois veio a inflação alta então mesmo com a recuperação do emprego as pessoas estão tendo menos renda", afirma o pesquisador da FGV, Marcelo Neri.

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