Pior momento da inflação no Brasil já passou, diz presidente do BC
Roberto Campos Neto afirmou que últimos números inflacionários estavam "dentro da expectativa"
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O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou, nesta 2ª feira (27.jun), que o pior momento da inflação do Brasil "já passou". No 10º Fórum Jurídico de Lisboa, Campos Neto disse ainda que medidas do BC irão frear o processo inflacionário em curso.
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"A gente ainda tem no Brasil um componente de aceleração de inflação, os últimos dois números [da inflação] foram, acho que pela primeira vez, dentro da expectativa. A gente acha que o pior momento da inflação no Brasil já passou", disse.
As projeções do BC, no entanto, mostram que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) ficará acima da meta, de 3,5%. A estimativa é de uma alta de 8,8% em 2022. Para o próximo ano, a autoridade monetária estima inflação de 4%, o que também é acima da meta de 3,25%.
Enquanto isso, a taxa básica de juros (Selic) deve ficar no atual patamar por mais tempo que o planejado. Nos dias 2 e 3 de agosto devem ocorrer reuniões para definir um possível último reajuste, de mais 0,5 ponto percentual. Alta que fará a Selic chegar aos 13,75%, maior patamar desde 2017. Porém, esse nível não tem data limite, por enquanto.
Para Campos Neto, subir os juros fez com que o Brasil saísse na frente em relação aos outros países. "Todos os países estão caminhando e estão subindo juros. O Brasil já está muito perto de ter feito o trabalho todo. Alguns outros países estão no meio do caminho. A gente ainda vai ver alguns países subindo bastante os juros", disse.
Segundo o presidente do BC, os índices inflacionários altos não são um problema isolado do Brasil. "Se tem uma coisa que está acontecendo nos índices de inflação de todos os países é que está ficando mais disseminado", afirmou.