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Economia

BC prevê inflação menor até fim do ano, mas com aumento em 2023

A partir de agora é que o Banco Central espera ver sua política monetária fazendo efeito

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Diante de tantos aumentos da taxa básica de juros (Selic), muitos podem estar se perguntando "mas, por que a inflação não reage tanto quanto precisamos, desacelerando preços"?

Na verdade, o que se espera com as consecutivas altas é um aumento nos preços, como uma consequente desacelaração da demanda e, aí sim, desvalorização dos produtos. Esse período, chamado de "defasagem da política monetária", pode levar meses. Ainda mais quando na conjuntura existe uma fator de pressão contrária como a que estamos vivendo.

A política monetária de desacelaração no poder de compra encontrou uma uma pandemia no fim e uma população empolgada para consumir. Um cenário inédito e mais incerto que o comum.

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A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), realizada na semana passada e divulgada nesta 3ª feira (21.jun), descrece a situação como "de conjuntura particularmente incerta e volátil que e requer serenidade na avaliação de riscos".

Tanto que o aumento de 0,5 ponto percentual sobre a Selic, anunciada dia 15 de junho, deve ser repetido no dia três de agosto, na próxima reunião do Copom do Banco Central.

Espera-se que esse seja o último reajuste. Porém, o BC descreveu na última ata que esse patamar deve durar mais tempo que o planejado há um ano. Leia mais sobre nessa reportagem.

A partir de agora. Ou melhor, na virada de trimestre em julho, é que os efeitos da Selic sobre a inflação devem começar a ser sentidos. Mas, a consequência é esperada mesmo no quarto trimestre.

"O Comitê avalia que a atividade deve desacelerar nos próximos trimestres quando os impactos defasados da política monetária se fizerem mais presentes", aponta a ata.

Entretanto, essa elevação da Selic, unida a mesma política monetária seguida em países da Europa e nos Estados Unidos, devem impactar negativamente o crescimento econômico.

Nesse momento, no Brasil, também acontece outro ato -- esse político -- que, a curto prazo pode melhor a situação dos combustíveis para os consumidores. É a isenção ou travamento do ICMS, debatida no Congresso.

A ata menciona que "o governo tem uma elevação de cerca de R$ 50 bilhões em despesas fora do teto de gastos para tentar reduzir o preço dos combustíveis". Subsídio que será cobrado em 2023.

Ou seja, para o ano que vem se esperam aumentos de preços, de novo, em combustíveis e, por consequência, em todos as categorias de produtos no atacado e no varejo.

A inflação ficaria em 8,8% este ano, 4% em 2023 e 2,7% em 2024. Mas, com as possibilidades citadas para o futuro póximo, a ata aponta que os juros deverão ser um pouco mais altos e deverão ficar em um patamar mais elevado por mais tempo para que, justamente, a inflação fique em 4% em 2023 e em 2,7% em 2024.

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