Preços de itens de informática sobem até 30% no Brasil
Crise de semicondutores provoca a falta de equipamentos de informática no país
José Luiz Filho
A crise de semicondutores, que afeta a indústria automotiva no mundo todo, também provoca a falta de equipamentos de informática no Brasil. Como consequência, esses itens estão caros. Em um dos mais conhecidos pontos de venda e manutenção de eletrônicos do país, o aumento chega a 30%.
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Quando o assunto é informática, um bom termômetro para medir a temperatura do mercado é conversar com quem frequenta um dos mais conhecidos pontos de venda e manutenção de equipamentos eletrônicos do país: a Rua Santa Ifigênia, no centro de São Paulo.
Essa percepção é resultado do avanço dos preços, sobretudo, durante a pandemia. Segundo o IBGE, enquanto a inflação dos últimos 24 meses foi de 19,7%, televisores, computadores e produtos de informática tiveram alta de 33,6%.
A explicação dos lojistas para o aumento é a mais óbvia possível. "O fornecedor aumentou, nós também aumentamos", diz o gerenteThiago Nogueira.
A alta nos preços de computadores e outros ítens de informática sentida aqui no Brasil, tem origem do outro lado do mundo, principalmente, na China, país onde é fabricada a maior parte desses equipamentos e componentes.
O presidente da Associação Brasileira da Distribuição de Tecnologia da Informação (Abradisti) explica que a paralisação temporária das indústrias no país asiático, por conta da pandemia, prejudicou a entrega de componentes, o que encareceu os produtos, mas não foi só isso.
"O dólar é o que puxou fortemente o aumento de preços e obviamente apoiado, suportado por uma falta muito grande de componente", afirma Mariano gordinho, presidente da Abradisti.
Situação que se espera normalizar a partir do próximo semestre. "Existe sim uma expectativa de que a partir do segundo semestre desse ano os grandes fornecedores mundiais de componentes comecem a entrar no regime de normalidade", diz Mariano.
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