Petrobras poderia subir ainda mais os preços, pondera analista
Refinarias vão vender gasolina a R$ 4,06 o litro. Diesel a R$ 5,61
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Os aumentos nos preços da gasolina e do diesel, obviamente, não agradaram ninguém. Nem mesmo quem anda de carona. Pois sabem que a consequência é o reajuste nas tarifas de transporte público e frete, assim como dos produtos em lojas e supermercados.
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Porém, o aumento poderia ser maior, de acordo com o analista de energia da consultoria StoneX, Bruno Cordeiro. Ao comparar os preços praticados internacionalmente com aqueles anunciados pela Petrobras, "a gente ainda vê a necessidade de aumento tanto para a gasolina quanto para o diesel. Para a gasolina de 2,7%, então, relativamente pequeno. Mas, para o diesel é um pouco maior, em 14,7%".
A partir deste sábado (18.jun), as refinarias vão vender a gasolina a R$ 4,06 por litro. Alta de 5,18% sobre os R$ 3,86. Com o diesel, o preço por litro será de R$ 5,61, alta de 14,25% sobre os R$ 4,91.
A Petrobras anunciou as mudanças nesta 6ª feira (17.jun), após uma reunião extraordinária no dia de Corpus Christi. Apesar de ter ocorrido em meio a um feriadão, a notícia era mais que esperada pelo mercado. Há uma semana a Petrobras dava sinais, em reuniões ou coletivas de imprensa, de que os valores passariam por revisões.
"Olhando tanto para o cenário internacional de preços quanto para a valorização do dólar, a gente via nas últimas semanas o real se desvalorizando. Então, existia uma necessidade, sim, de reajuste nos preços da Petrobras", diz Bruno.
É clara a necessidade para os analistas de energia. Simplesmente porque, mundialmente, os combustíveis estão com os mais baixos patamares de estoque da história. Ainda assim, o Brasil conseguiu importar mais, também "em nível histórico, como foi no terceiro trimestre", lembra ele. "Inclusive, a gasolina começou a operar acima dos US$ 5 o galão lá nos Estados Unidos, o que nunca tinha acontecido antes. Isso é apenas reflexo do mercado internacional", avalia.