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Economia

Inflação e juros derrubam estreia da Eletrobras na Bolsa

Cenário econômico internacional impactou mercado financeiro, inclusive com reflexos no Brasil

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Eletrobras
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As ações preferenciais (ELET6) da Eletrobras fecharam em queda, após o pregão de estreia da empresa na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, nesta 2ª feira (13.jun). A desvalorização foi de 0,32%, negociadas a R$ 39,38, diferença negativa acima de 5%, em relação ao fixado de R$ 42,00 pela própria empresa, na última semana. Em entrevista ao SBT News, o economista Mauro Rochlin, professor de economia da Fundação Getúlio Vargas, atribuiu os resultados ao cenário financeiro internacional.

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"Na quinta-feira, o departamento do trabalho norte-americano divulgou a taxa de inflação do mês de maio. O resultado foi muito pior do que o esperado e a inflação acumulada nos 12 meses nos Estados Unidos chegou a cerca de 8,6%, a maior em 40 anos. Em função dessa maior alta da inflação, se espera também uma postura mais rígida, mais rigorosa, por parte do banco central americano. Em outras palavras, a taxa de juros americana vai subir. Isso significa um crescimento menor, não só pros Estados Unidos, mas pro mundo todo. [?] Uma taxa de juros muito alta nos Estados Unidos tende a arrefecer o crescimento do mundo todo. Com menor crescimento, a expectativa é que haja um lucro menor por parte das empresas. E isso acaba se refletindo nos preços das ações", explicou. 

Diante do pessimismo internacional, o Ibovespa recuou 2,73%, fechando a 102.598 pontos, chegando à sétima queda consecutiva e acumulando em 7,86% o resultado negativo para junho. Para 2022, o saldo é de menos 2,12%. Mesmo assim, o economista avalia que os investidores devem esperar números positivos nas ações da Eletrobras, a exemplo de outras estatais que tiveram abertura de capital e deram lucro a quem apostou nelas.

"Quem comprou ações da Vale se deu muito bem. Vamos olhar o caso da Petrobras. Quem comprou também se deu muito bem. A ideia é que com a Eletrobras não deve ser muito diferente. Aliás, lembro a todos que a Eletrobras teve uma oferta de subscrição de ações muito maior do que a oferta de ações. O governo oferecendo cerca de R$ 30 bilhões em ações e a oferta ultrapassou R$ 50 bilhões. Houve uma procura muito maior do que a oferta e isso leva a crer que deve haver uma pressão de alta daqui pra frente".

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