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Economia

Este Dia dos Namorados será da lembrancinha e do Pix, diz economista

Confederação Nacional do Comércio diz que data vai movimentar R$ 2,49 bi, menos 2,6% do que em 2021

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Vitrine de loja de calçados
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São tempos para o consumidor discutir a relação com uma de suas datas mais queridas: o Dia dos Namorados. E os motivos para o olho-no-olho sincerão partem mesmo do pé no chão exigido pela economia. É assunto de gente grande que cada vez mais a geração Z (aquela dos nascidos mais para o fim da década de 1990) tem que considerar.

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Exatamente uma parcela da população mais diretamente atingida pela crise do mercado de trabalho. "Se a taxa média de desemprego do país está na casa dos 10,5%, entre os mais jovens pode contar o dobro", avalia o economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fabio Bentes. A entidade representa cerca de 5 milhões de estabelecimentos em todo o país. Ou, nada menos, que 22% do PIB ( Produto Interno Bruto). 

E tem mais. 10,7% mais. É a média da alta de preços dos presentes favoritos dos Namorados. E é também o maior aumento desde o início da apuração pela CNC, em 2013. Em alguns casos, o peso da inflação é bem maior. Pacotes turísticos (+21,0%), roupas masculinas (+20,65%) e flores naturais (+19,4%) estão entre as maiores pressões. Veja abaixo o quadro das variações de preços nos últimos doze meses segundo a CNC.

Com tanta coisa jogando contra, a sexta data entre as queridinhas dos comerciantes deve, sim, contribuir com algum fôlego ao setor, ainda que tendo que usar um figurino mais apertado. As lojas esperam gastos pelos consumidores de R$ 2,49 bilhões. É uma entrada de recursos 2,6% menor do que no ano passado e...ufa! Ao menos é fluxo positivo para os caixas do setor.

A CNC chegou a avaliar que os programas de transferência de renda iriam ajudar o consumo, mas feitas as contas as perdas não deram trégua. "Chega a ser um motivo de alívio. Podia ser pior", sentencia Bentes.

É bom lembrar que em 2021 o setor experimentou bombásticos 32,2% de crescimento na data, pra esquecer de vez o caso mal resolvido da queda de 21,5% de 2020, quando foi levado pra baixo de mãos dadas pela pandemia de Covid-19.

Da lembrancinha e do PIX

A Confederação também projeta o valor médio do pacotinho incumbido de tocar o coração do ser amado de cada um. Sem tratar detalhadamente de números -- apesar de se utilizar de dados comparativos sólidos calculados pelo IBGE -- segundo a CNC, o comércio avalia que a maioria dos consumidores que irão presentear agora vai buscar nas lojas de calçados e vestuário um tícket médio mais, digamos, financeiramente vantajoso, pra não chamar de barato. É muito mais acessível buscar o presente nestes setores do que entre produtos eletroeletrônicos,por exemplo, onde os custos iniciais não raro passam dos mil reais.

"Vai ser o Namorados da lembrancinha", aponta Bentes. Ele detalha ainda que não há um crescimento robusto da economia, e de forma regular, desde a recessão de 2015/2016. Foi-se o tempo de empacotar micro-ondas, televisores, itens da chamada linha branca. Não é por acaso que entre as utilidades domésticas é estimada uma queda de 2,6%. E até calçados, vestuário e acessórios devem ter baixa de 3,8%. Por outro lado é esperado um crescimento de 7,4% entre perfumes e cosméticos.

O comportamento do consumidor vai aos poucos consolidando outra preferência. Os pagamentos via PIX fazem brilhar os olhos de consumidores e estabelecimentos. A forma de pagamento é mais segura e mais rápida.

Com tantos atributos, "já é uma realidade nas relações de consumo em todo o país e a principal modalidade de pagamento do comércio", diz Bentes. Ele avalia que ainda há o que melhorar na plataforma do ponto de vista da facilidade para se usar, mas que não deve demorar a se tornar ainda mais prática. No longo prazo, é caminho sem-volta. "Não tenha dúvidas de que em dez anos o PIX será predominante como forma de pagamento dos sonhos dos consumidores", finaliza.

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