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Economia

OIT prevê retrocesso na recuperação do mercado de trabalho

Inflação, dívidas e produção exacerbada pela guerra na Ucrânia estão entre os principais motivadores

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Recuperação salarial ainda atinge um patamar baixo em relação ao período pré-pandemia | Feri Latief/ILO
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A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmou, nesta 2ª feira (23.mai), que prevê um retrocesso na recuperação do mercado. Segundo levantamento, o número de horas trabalhadas no primeiro trimestre do ano ficou 3,8% abaixo do índice pré-crise - fim de 2019 -, volume equivalente a um déficit de 112 milhões de empregos de tempo integral.

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O cenário é resultado das várias crises globais, que estão tendo influência direta no mercado de trabalho. Dentre elas, estão a inflação (especialmente sobre os preços de energia e de alimentos), a turbulência financeira, as potenciais dívidas e as interrupções nas cadeias de produção exacerbadas pela guerra na Ucrânia. 

Outro destaque do relatório é o aumento das divergências entre as economias mais ricas e as mais pobres do mundo. Enquanto os países de renda alta já estão sentindo uma recuperação nas horas trabalhadas, as nações de rendas baixa ou média-baixa continuam sofrendo com o retrocessos do setor desde o início do ano.

Além disso, em alguns países em desenvolvimento, os governos estão "cada vez mais restritos pela falta de espaço fiscal e desafios ligado à sustentabilidade da dívida, ao mesmo tempo em que as empresas enfrentam incertezas econômicas e financeiras e os trabalhadores continuam sem acesso suficiente à proteção social".  

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No geral, a recuperação salarial ainda atinge um patamar baixo em relação ao período pré-pandemia. No ano passado, por exemplo, três entre cinco funcionários viviam em países onde os ordenados ainda não haviam retornado ao nível visto no último trimestre de 2019.

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