Greve dos caminhoneiros está descartada por enquanto, avisa categoria
Wallace "Chorão" divulgou nota explicando porque uma paralisação não seria possível
Pablo Valler
Em meio a boatos de que caminhoneiros poderiam paralisar as atividades por causa do preço do diesel, o presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace "Chorão" Landim, publicou uma nota oficial nesta 2ª feira (16.maio). O líder avalia que a situação da categoria é tão frágil que uma greve seria insustentável.
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Além do risco de ficar sem recursos básicos por causa da renda em baixa, Chorão diz que "fazer uma grande paralisação nesse momento pode atrapalhar a recuperação econômica do Brasil, que ainda é muito tímida. Os caminheiros brasileiros apoiam o bem-estar da sociedade".
Em vez de influenciar os caminhoneiros a cruzarem os braços, ele pede atenção dos governantes sobre a atuação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para extinguir aumentos de preço dos combustíveis, além de fiscalizar e punir os "cartéis" existentes no setor.
"Parece que o setor está sendo regulado pela Petrobras, uma empresa que visa lucros e distribuição de dividendos cada vez maiores aos seus acionistas", criticou.
Possível solução
A nota oficial também cita o projeto de lei do senador Lucas Barreto (PSD-AP). O PL 1.205/2022 prevê que, "na prestação de serviço realizado pelo TAC (transportador autônomo de carga), o combustível terá caráter meramente ressarcitório, não compondo o valor do frete, devendo ter seu custo repassado integralmente ao tomador do serviço, de forma destacada e apartada do frete", escreve o senador.
Chorão considera que "não trará impacto algum à sociedade, mas fará uma diferença enorme para cada caminhoneiro. Precisamos que o congresso faça o PL tramitar com máxima urgência, de forma que os autônomos tenham seu direito básico respeitado, diminuindo tensões, de forma a eliminar riscos de uma grande greve como a de 2018 que, infelizmente, por mais esforços que façamos, não está descartada".