Prévia da inflação de abril alcança 1,73%, a maior para o mês desde 1995
Em 12 meses, alta foi de 12,03%. Resultado é 10,79% acima do registrado nos 12 meses anteriores
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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma prévia da inflação oficial do país, ficou em 1,73% em abril, após ter registrado taxa de 0,95% em março, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (27.abr) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa para o mês desde 1995, quando ficou em 1,95%.
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No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,31% e, em 12 meses, de 12,03%, acima dos 10,79% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2021, a taxa foi de 0,60%. No detalhamento da pesquisa, o IBGE explica que esse resultado foi influenciado pelos transportes (3,43%), principalmente, pelo aumento no preço da gasolina, que teve alta de 7,51%. Também subiram os preços do óleo diesel (13,11%), do etanol (6,60%) e do gás veicular (2,28%).
As passagens aéreas, que haviam recuado em março (-7,55%), subiram 9,43% em abril. Os preços do seguro voluntário de veículo (3,03%) aceleraram pelo oitavo mês consecutivo, acumulando 23,46% de variação nos últimos 12 meses. Houve altas ainda nos preços dos táxis (4,36%), nas passagens de metrô (1,66%) e dos ônibus urbanos (0,75%).
Os preços de alimentos e bebidas avançaram 2,25%, puxados pela alta dos itens consumidos em casa (3,00%), principalmente, o tomate (26,17%) e o leite longa vida (12,21%). Outros produtos também tiveram altas expressivas: a cenoura (15,02%), o óleo de soja (11,47%), a batata-inglesa (9,86%) e o pão francês (4,36%).
A alta do gás de botijão (8,09%) teve o maior impacto (0,11 p.p.) em habitação (1,73%). Também subiram os preços do gás encanado (3,31%). A segunda maior contribuição no grupo (0,09 p.p.) foi da energia elétrica (1,92%), com os reajustes de mais de 15% nas duas concessionárias pesquisadas no Rio de Janeiro (11,25%).
Todos os itens do vestuário (1,97%) tiveram alta em abril, inclusive as joias e bijuterias (0,61%), cujos preços haviam caído em março (-0,53%). A maior contribuição, porém, veio das roupas femininas, com alta de 2,70%.
Ainda segundo o levantamento do IBGE, em abril, o IPCA-15 teve alta em todas as áreas pesquisadas. A maior variação foi em Curitiba (2,23%), influenciada pela alta de 10,25% nos preços da gasolina. Já o menor resultado foi registrado em Salvador (0,97%), onde houve queda de 1,46% nos artigos de higiene pessoal e de 8,14% nas passagens aéreas.
Para o cálculo do IPCA-15, foram comparados os preços coletados entre 17 de março e 13 de abril de 2022 (referência) com os preços vigentes entre 12 de fevereiro e 16 de março de 2022 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia.