Confiança do consumidor avança 3,8 pontos em abril, aponta FGV
Melhora nos número da covid e liberação de benefícios financeiros estão entre as principais influências
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O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) avançou 3,8 pontos em abril, chegando a 78,6 pontos, o maior nível desde agosto de 2021 (81,8 pontos). Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas, também mostram que, em médias móveis trimestrais, o índice variou 1,5 ponto, para 77,1 pontos.
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De acordo com a coordenadora das Sondagens, Viviane Seda Bittencourt, os resultados positivos parecem estar relacionados ao fim do surto da variante ômicron da covid-19 e ao anúncio de um pacote de medidas para aliviar a pressão da inflação e dos juros sobre as finanças familiares. Entre elas estão a liberação de saques do FGTS, antecipação do 13º salário de aposentados e facilitação de acesso ao crédito.
"Houve diminuição do pessimismo com relação ao mercado de trabalho, mas a alta da inflação e os juros elevados ainda preocupam as famílias, que continuam cautelosas com relação à realização de compras de alto valor", disse, em nota, a pesquisadora. No geral, houve alta de confiança em todas as faixas de renda, exceto para as famílias com renda mensal entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil.
Em abril, a alta do ICC foi influenciada tanto pela melhora das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas para os próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 3,8 pontos, para 69,1 pontos e o Índice de Expectativas (IE) avançou 3,6 pontos, para 86,1 pontos, ambos alcançando os melhores resultados desde agosto de 2021 (69,8 e 90,9 pontos, respectivamente).
Nas avaliações sobre o momento, o destaque foi a melhora das avaliações dos consumidores com relação à situação financeira das famílias, cujo indicador subiu 5,5 pontos, para 62,4 pontos, maior nível desde outubro de 2021 (63,8 pontos). Houve melhora também da percepção do Estado geral da economia. Neste caso, o indicador cresceu 2,0 pontos, para 76,4 pontos.
Entre os quesitos que compõem o ICC, o indicador que mede a perspectiva sobre a situação econômica geral nos próximos meses foi o que mais influenciou a alta da confiança no mês ao variar 8,3 pontos, para 101,6 pontos. Pelo terceiro mês houve melhora das expectativas para as finanças familiares, com alta de 1,2 ponto no indicador, para 90,9 pontos.
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Apesar do resultado positivo das perspectivas sobre economia e finanças familiares, a intenção de compras de bens duráveis segue fraca e com tendência indefinida. O indicador relacionado a este tema acomodou na margem ao variar 0,9 ponto, para 67,7 pontos.