"Não tem congelamento", diz Guedes sobre preço dos combustíveis
Declaração foi feito após dia de reuniões sobre o preço da gasolina e diesel

Alexandre Leoratti
"Não tem congelamento. Esquece esse troço." A declaração sobre o preço dos combustíveis é do ministro da Economia, Paulo Guedes, ao sair do prédio da pasta nesta 3ª feira (8.mar). Guedes foi questionado por jornalistas se a Petrobras deve manter o preço da gasolina e do diesel diante da explosão do preço do barril do petróleo por causa da guerra da Ucrânia.
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Nesta 3ª, Guedes e outros ministros se reuniram para discutir uma forma de conter o impacto da guerra na Ucrânia no preço dos combustíveis. Na 2ª feira (7.mar), o petróleo atingiu o maior preço desde 2008. Após os Estados Unidos declarem que discutem proibir a importação de petróleo russo, em sanção pela invasão à Ucrânia, o barril do tipo Brent chegou à máxima de US$ 139.
Por conta da alta, o presidente Jair Bolsonaro (PL) chegou a criticar a política de paridade com o mercado internacional adotada pela Petrobras, o que fez as ações de empresa despencarem 5,26%, sendo negociadas a R$ 32,43.
Mais cedo, também nesta 3ª, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) apresentou uma emenda que impede o governo federal de congelar o preço dos combustíveis. O parlamentar quer que o Projeto de Lei 1.472, que cria a Conta de Estabilização de Preços de Combustíveis, seja modificado para evitar que o Palácio do Planalto tome esse tipo de medida na tentativa de frear a alta dos produtos.
"A conta de equalização é o componente que tem absorver o impacto. Não pode congelar o preço porque vai quebrar o mercado brasileiro. Defendo a paridade internacional, mas o financiamento tem que ser feito por meio dessa conta e não por meio do congelamento de preços", explicou Braga em entrevista ao SBT News.