Varejo: primeiro trimestre de 2022 deve ter queda no desempenho
Inflação, juros e incerteza política são principais fatores para o resultado, segundo Ibevar
SBT News
O varejo nacional deve ter um desemprenho pior no começo deste ano se comparado ao mesmo período de 2021, segundo o Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Consumo (Ibevar). O levantamento aponta queda de 2,22% na intenção de compra para o primeiro trimestre deste ano.
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Para o presidente Claudio Felisoni de Angelo, a previsão para 2022 não é boa. "Estamos vivendo um período de incertezas. Com a inflação na casa dos dois dígitos, reajuste da taxa Selic, alta do IGP-M, crise hídrica e aumento do preço dos combustíveis, o mercado de bens e consumo tende a se retrair cada vez mais. E não podemos esquecer que esse ano de 2022 ainda teremos eleições presidenciais no Brasil", afirma o economista.
Segundo a instituição o resultado faz parte de um efeito dominó. "A aceleração da inflação deixa os produtos mais caros. Esse aumento dos preços prejudica as pessoas e as empresas, que para poderem manter a produção, repassam ao consumidor o impacto no valor maior do custo que tiveram. Tudo está interligado", aponta a nota.
As categorias que justificam a queda são materiais de construção (-5,05%), móveis e eletrodomésticos (-3,73%); escritório, informática e comunicação (-3,61%). Além disso, combustíveis e lubrificantes (-2,56%); livros, jornais, revistas e papelaria (-0,88%) e hipermercados e supermercados (-0,58%).