Materiais escolares devem ficar até 30% mais caros em 2022
Dificuldade de importações é marcada por alta do dólar e elevação dos preços de fretes internacionais
Um levantamento realizado pela Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares (ABFIAE) mostra que o preço dos materiais escolares deve ficar até 30% mais caro este ano. Segundo a pesquisa, o índice da inflação e a alta do dólar são os principais influenciadores do aumento.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
"Provavelmente todas as categorias de produtos sofrerão aumentos de preços", afirma o presidente executivo da ABFIAE, Sidnei Bergamaschi. Para ele, as altas frequentes nas diversas matérias-primas, como papel, papelão, plástico, químicos e embalagens, estão impactando as indústrias e importações.
"Para os produtos importados, os principais impactos são a variação do dólar no Brasil, os aumentos de custos na Ásia e a elevação dos preços de fretes internacionais, decorrente da falta de containers. Além disso, as medidas antidumping para importações de lápis da China, adotadas pelo governo brasileiro em 2021, aumentaram os custos na categoria de lápis", pontua Bergamaschi.
O executivo ressalta ainda que o varejo de papelaria sofreu queda superior a 37% durante 2021 devido às aulas remotas e híbridas. "Apesar de existir uma boa expectativa com o retorno das aulas presenciais em 2022, os comerciantes estão cautelosos, pois sofreram muito no ano passado, quando não teve volta às aulas, muitas empresas estão em dificuldades financeiras e outras encerraram as suas atividades", afirma.
+ Balança comercial fecha 2021 com superávit de US$ 61 bilhões
Além disso, segundo Bergamaschi, a degradação dos índices econômicos, como dólar elevado, inflação em alta, desemprego e baixo crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), põe em risco os resultados para o segmento.