Brancos tiveram renda 73% maior que pretos ou pardos em 2020, diz IBGE
Além disso, para os homens, a renda foi, em média, 28,1% maior do que o para as mulheres
Em 2020, a população branca teve rendimento mensal 73,3% maior que o da população preta ou parda. Além disso, para os homens, a renda foi 28,1% maior do que o para as mulheres. É o que mostra o relatório Síntese de Indicadores Sociais, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta 6ª feira (3.dez).
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Segundo o levantamento, a população ocupada branca teve um rendimento médio mensal de R$ 3.056 no ano passado, enquanto a população preta ou parda ganhou, em média, R$ 1.764.
O rendimento médio domiciliar per capita (para cada indivíduo) de 2020 foi de R$ 1.349, com queda de 4,3% em relação a 2019 (R$1.410). Caso não houvesse programas sociais, como o auxílio emergencial, esse rendimento teria sido 6% menor (R$ 1.269).
Com a pandemia de covid-19, o nível de ocupação no Brasil também caiu e foi o menor já registrado: apenas 51% da população brasileira estava empregada. Entre os jovens com 14 a 29 anos, esse indicador caiu de 49,4% em 2019 para 42,8% em 2020. No mesmo período, a taxa de informalidade da população ocupada do país caiu de 41,4% para 38,8%.
Além disso, outro dado preocupa: em 2020, o país tinha 7,3 milhões de pessoas (3,5% da população) com rendimento mensal per capita de até R$ 89, abaixo da linha de pobreza extrema do Bolsa Família. O Maranhão foi o estado com a maior proporção da sua população (14,4%) em situação de extrema pobreza, seguido por Amazonas (12,5%), Alagoas e Pernambuco (ambos com 11,8%).
As taxas de extrema pobreza e pobreza entre pretos e pardos foram de 7,4% e 31%, mais que o dobro das taxas observadas entre os brancos: 3,5% e 15,1%. Mulheres pretas e pardas tiveram as maiores incidências de pobreza (31,9%) e extrema pobreza (7,5%).