Dólar abre em alta com investidores ainda confusos sobre teto de gastos
Mercado financeiro ainda digere declarações de Guedes e aguarda votação da PEC dos Precatórios
O dia começou tenso e deve continuar assim com o mercado financeiro apostando no dólar perto de R$ 6. Por volta das 9h a expectativa se concretizava com a cotação da moeda norte-americana sendo vendida a R$ 5,66, dez centavos a mais do que o valor no fechamento de 4ª feira (20.out) quando o Banco Central retomou os leilões de swap cambial (venda de dólares no mercado futuro) e vendeu US$ 1,2 bilhão em contratos. às 11h, a cotação do dólar já estáva em R$ 5,64.
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A subida do dólar reflete as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que pediu licença para gastar. Ele sinalizou duas alternativas: revisar ou suspender o teto de gastos (o instrumento que impede o aumento das despesas públicas acima da inflação) para pagar o aumento do Bolsa Família, a partir de novembro, com o nome de Auxílio Brasil. Segundo ele, o governo deve pedir um "waiver" (perdão temporário) do teto de gastos para tornar viável o novo programa social, deixando claro, no entanto, a continuidade do compromisso fiscal. A camada de proteção para os mais frágeis, como disse Guedes, deve custar R$ 30 bilhões fora do teto.
O Ibovespa futuro reabriu na manhã de hoje com perdas indicando que a bolsa deve abrir em baixa ainda mais expressiva, absorvendo as últimas notícias sobre a problemática fiscal do país. As ações de empresas brasileiras negociadas nos Estados Unidos caía 4% no pré-market da bolsa de Nova York nesta manhã.
Os investidores ainda estão confusos sobre o governo manter ou não o teto de gastos e aguarda também votação da PEC dos Precatórios na comissão especial da Câmara.
A Bolsa de Valores operava por volta das 11h em baixa -1,56% com 109.061 pontos.
(reportagem atualizada às 11h)