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Economia

Febraban se afasta da Fiesp, mas reafirma apoio a manifesto

Entidade diz que "assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp"

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Febraban
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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou comunicado nesta 5ª feira (2.set) em que reafirma apoio ao manifesto A Praça é dos Três Poderes e diz se desvincular das próximas decisões da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), autora do documento.

O embróglio sobre o manifesto começou no último fim de semana. A Fiesp teria elaborado um documento para defender a democracia e a harmonia entre os Poderes da República, que contaria com assinatura da Febraban. Porém, após a divulgação da existência da carta, o governo federal estaria induzindo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil a pedirem para deixar a federação bancária.

Ante a indefinição, a Fiesp adiou a divulgação do manifesto. Oficialmente, a justificativa foi de que havia mais entidades interessadas em subscrever o documento e que, por isso, foi necessário estender o prazo para assinaturas. 

Na 2ª feira (30.ago), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o manifesto era em defesa da democracia, mas que "alguém da Febraban" teria alterado o documento para um "ataque ao governo", o que, segundo ele, teria provocado o recuo da Fiesp. A Febraban respondeu na mesma data, dizendo que não participou da criação da versão do texto com "ataques ao governo".

No comunicado desta 5ª, a Febraban afirma que a adesão ao manifesto inicial da Fiesp se deu "dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país". Agora, a federação entende "que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade".

"Diante disso, a Febraban avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da Fiesp, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto", diz o comunicado. "A Febraban confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa", acrescenta o texto.

A federação ainda diz respeitar a "opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto".

Outros manifestos

Enquanto a Fiesp adiava a divulgação do documento, outras entidades se anteciparam e divulgaram seus próprios manifestos. Foi o caso, por exemplo, do setor agroindustrial que, de maneira incisiva, demonstrou preocupação  com "os atuais desafios à harmonia político-institucional" e defendeu o Estado Democrático de Direito, citando expressões como "aventuras radicais", "rupturas institucionais" e "crises evitáveis".

Dois dias depois, a Federação da Indústria do Estado de Minas Gerais (Fiemg) divulgou um manifesto defendendo a "liberdade de expressão", alinhando-se ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em suas críticas ao Judiciário. Contrapondo a Fiemg, mais de 200 empresários e executivos mineiros assinaram um documento nomeado II Manifesto dos Mineiros ao Povo Brasileiro, no qual defendem a democracia e a união do país.

Confira a íntegra do comunicado da Febraban:

"A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) reafirma o apoio emprestado ao manifesto 'A Praça é dos Três Poderes', cuja adesão se deu, desde o início, dentro de um contexto plurifederativo de entidades representativas do setor produtivo e cuja única finalidade é defender a harmonia do ambiente institucional no país.

A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) assumiu a coordenação do processo de coleta de assinaturas e se responsabilizou pela publicação, conforme e-mail dirigido a mais de 200 entidades no último dia 27 de agosto.

A FEBRABAN considera que o conteúdo do manifesto, aprovado por sua governança própria, foi amplamente divulgado pela mídia do país, cumprindo sua finalidade. A Federação manifesta respeito pela opção do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, que se posicionaram contrariamente à assinatura do manifesto.

Diante disso, a FEBRABAN avalia que, no seu âmbito, o assunto está encerrado e com isso não ficará mais vinculada às decisões da FIESP, que, sem consultar as demais entidades, resolveu adiar sem data a publicação do manifesto.

A FEBRABAN confirma seu apoio ao conteúdo do texto que aprovou, já de amplo conhecimento público, cumprindo assim o seu papel ao se juntar aos demais setores produtivos do Brasil num pedido de equilíbrio e serenidade, elementos basilares de uma democracia sólida e vigorosa.

FEBRABAN - Federação Brasileira de Bancos
Diretoria de Comunicação"

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