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Economia

Após fala de Guedes, Febraban nega participação em texto com "ataques"

Segundo a entidade, texto inicial é da Fiesp e pedia "serenidade, harmonia e colaboração" entre Poderes

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Praça dos Três Poderes
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A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou nota nesta 2ª feira (30.ago) em que diz que o manifesto A Praça é dos Três Poderes foi elaborado em conjunto e que a entidade não participou da criação da versão do texto com "ataques ao governo".

Segundo a Febraban, a iniciativa do manifesto foi da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O texto seria "fruto de elaboração conjunta de representantes de vários setores, inclusive o financeiro" e as entidades consultadas teriam prazo até as 17h da última 6ª feira (27.ago) para responder se assinariam ou não o documento.

"Desde sua origem, a Febraban não participou da elaboração de texto que contivesse ataques ao governo ou oposição à atual política econômica. O conteúdo do manifesto pedia serenidade, harmonia e colaboração entre os Poderes da República e alertava para os efeitos do clima institucional nas expectativas dos agentes econômicos e no ritmo da atividade", diz a entidade na nota.

Ainda conforme a Febraban, apenas o texto inicial foi submetido à diretoria, que aprovou a assinatura. "Nenhum outro texto foi proposto e a aprovação foi específica para o documento submetido pela Fiesp", acrescenta a federação.

Após a divulgação da existência do manifesto, o governo federal estaria induzindo a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil a pedirem para deixar a Febraban. O documento sequer chegou a ser divulgado oficialmente, pois, após a movimentação do Executivo, a Fiesp tria optado por aguardar.

Na manhã desta 2ª feira (30.ago), o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o manifesto era em defesa da democracia, mas que "alguém da Febraban" teria alterado o documento para um "ataque ao governo", o que, segundo ele, teria provocado o recuo da Fiesp.

Confira a íntegra da nota da Febraban:

"O manifesto 'A Praça é dos Três Poderes', articulado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e apresentado na última quinta-feira às entidades empresariais com prazo de resposta até 17 horas da sexta-feira, é fruto de elaboração conjunta de representantes de vários setores, inclusive o financeiro, ao longo da semana passada.

Desde sua origem, a FEBRABAN não participou da elaboração de texto que contivesse ataques ao governo ou oposição à atual política econômica. O conteúdo do manifesto pedia serenidade, harmonia e colaboração entre os Poderes da República e alertava para os efeitos do clima institucional nas expectativas dos agentes econômicos e no ritmo da atividade.

A FEBRABAN submeteu o texto a sua própria governança, que aprovou ter sua assinatura no material. Nenhum outro texto foi proposto e a aprovação foi específica para o documento submetido pela Fiesp. Sua publicação não é decisão da Federação dos Bancos. A FEBRABAN não comenta sobre posições atribuídas a seus associados."

Fiesp estende prazo

Também em nota, a Fiesp disse que recebeu mais de 200 adesões ao manifesto em 24 horas e que, dado o volume de novos interessados, decidiu estender o prazo para novas adesões para "ao longo da semana".

Confira a íntegra da nota da Fiesp:

"Na última quinta-feira, a Fiesp enviou consulta a diversas entidades para subscreverem o Manifesto em favor do entendimento e da harmonia entre os três poderes da República. Em 24 horas, recebemos mais de 200 adesões, das mais representativas entidades brasileiras. 

Dezenas de outras entidades também manifestaram interesse em participar. Em função desse cenário, informamos que estendemos o prazo para novas adesões, que poderão ser feitas ao longo da semana."

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