Brasil crescerá 3,7% em 2021 se frear pandemia, diz OCDE
Previsão para o PIB brasileiro depende do controle da covid-19 e da inflação do país
De acordo com o relatório Perspectivas Econômicas divulgado nesta segunda-feira (31.mai), a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) manteve a sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruno (PIB) brasileiro em 3,7% para 2021. O índice é o mesmo projetado em março e 1,1 ponto percentual acima da projeção de dezembro, de 2,6%.
Já para 2022, a previsão de crescimento recuou e passou de 2,7% em março para 2,5% no relatório atual. Segundo a organização, a economia brasileira deve retornar ao patamar pré-pandemia somente a partir do terceiro trimestre de 2022, assim como outras 38 nações que representam 60% do PIB mundial.
A OCDE analisou que a economia brasileira se recuperou com força no fim de 2020, apesar do elevado número de infecções e mortes no país. Desta forma, a organização informou que a recuperação prevista depende do controle da pandemia de covid-19, assim como o da inflação - que tem subido nos últimos meses e que pode ficar acima do teto da meta anual do Banco Central, de 5,25%.
A instituição ainda destacou que o apoio às famílias mais vulneráveis foi reduzido em 2021 e alertou que a pobreza, que havia caído de 29% para 21% entre 2019 e 2020, poderá subir novamente neste ano caso as ajudas sociais como o auxílio emergencial e o Bolsa Família, não sejam prolongadas.
Recuperação mundial
De acordo com a OCDE, a recuperação econômica mundial está acelerando, mas de forma desigual entre os países, já que muitas nações ainda enfrentam a carência de vacinas contra a covid-19.
Na ponta de recuperação estão as duas maiores economias do mundo, os Estados Unidos e a China. A OCDE prevê um crescimento de 8,5% para a China e de 6,9% para os Estados Unidos em 2021.
Para o crescimento global, a organização prevê cerca de 5,8%, um pouco acima da previsão de março, de 5,6%. Em 2022, o crescimento deverá ser de 4,4%.
