Preços na indústria têm maior inflação desde 2014, diz IBGE
Índice de Preços ao Produtor já acumulou taxa de 10,80% em 2020 e 13,74% em 12 meses
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O mês de agosto registrou 3,28% de inflação no Índice de Preços ao Produtor (IPP). Foi a maior alta mensal desde janeiro de 2014, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com a inflação de julho, 3,22%, e o resultado do mês passado, o índice acumula taxas de inflação de 10,80% neste ano e de 13,74% em 12 meses. O IPP mede o preço dos produtos na fábrica, sem que tenham sido inclusos impostos e fretes.
Das 24 atividades industriais analisadas pelo IBGE em agosto, os alimentos impactaram significativamente no valor, 4,07%. O "arroz semibranqueado ou branqueado, mesmo polido ou brunido" foi destaque em variação e em influência.
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"A alta dos preços do produto esteve atrelada a uma maior demanda, inclusive para o mercado externo", afirma nota do instituto.
Os outros três produtos com maior alta foram: "resíduos da extração de soja", "óleo de soja em bruto, mesmo degomado" (ambos sofreram impacto de uma maior demanda pela soja) e "leite esterilizado/UHT/Longa Vida" (o inverno normalmente diminui a captação nas bacias leiteiras, diminuindo, portanto a oferta de seus derivados).
Em outros setores, as maiores porcentagens se deram no refino de petróleo e produtos de álcool (6,24%), indústrias extrativas (8,43%) e outros produtos químicos (4,13%).
Entre as quatro grandes categorias econômicas da indústria, o destaque ficou com os bens intermediários. Isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (4,03%). As outras três categorias de produtos também tiveram alta de preços: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (1,62%), os bens de consumo semi e não duráveis (2,94%) e os bens de consumo duráveis (0,60%).