Economia
Com alta do arroz, tomate e carne, IPCA-15 tem a maior alta mensal desde 2012
Goiânia foi a cidade que teve mais impacto nos aumentos; Gasolina deixa Salvador com menor índice no indicador
Cido Coelho
• Atualizado em
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Itens como arroz, óleo de soja, leite longa vida puxam a maior alta; Cebola, alho e batata inglesa caem. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.
Alimentos como arroz, carne, tomate e os combustíveis foram os principais vilões dos preços no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) do mês de setembro e subiu 0,22 pontos percentuais em relação a agosto fechando em 0,45%. Número é o maior para o mês de setembro desde 2012, quando fechou em 0,48%. O dado foi divulgado na manhã desta quarta-feira (23.set) pelo IBGE.
No levantamento foi feito a partir dos preços coletados entre 14 de agosto e 11 de setembro e foram comparados com os dados de 15 de julho a 13 de agosto nas principais regiões metropolitanas do País. Alimentos e transportes foram os itens que tiveram mais aumentos segundo o índice. Artigos para casa, saúde, vestuário e habitação foram impactados.
Alimentação e bebidas: arroz, carnes e tomate puxam alta
Teve a maior variação, cresceu 0,34% em relação ao mês de agosto, chegando a 1,48%. Isso se deve a alta aos alimentos para consumo em casa como carnes (3,42%) e tomate (22,53%). O óleo de soja, arroz e leite longa vida foram já acumularam altas de 34,94%, 28,05 e 27,33% respectivamente. Cebola (-19,09%), o alho (-11,90%) e a batata-inglesa (-8,20%) puxaram a queda.
Para quem come fora de casa, o custo ficou maior, passando a queda de 0,30% em agosto, para alta e 0,36% neste mês. Refeição oscilou 0,09% contra 0,52% em setembro. O lanche aumentou 0,89%, comparado a agosto (0,06%).
Transportes: apenas Salvador escapou da alta
Os preços da gasolina (3,19%) subiram pelo terceiro mês seguido e sozinho aumentou em 0,15 pontos porcentuais o IPCA-15 de setembro. A capital da Bahia, Salvador, teve queda de 2,66%, foi a única região pesquisada que teve redução nos valores dos combustíveis. Rio de Janeiro (0,61%), Brasilia (9,03%). Óleo diesel (2,93%) e o etanol (1,98%) tiveram alta, e o gás veicular recuou 2,58%.
Já as passagens aéreas subiram 6,11% após quatro meses de quedas. No ano, chega a queda acumulada de 55,18%.
Artigos de residência: computador pessoal sobe 17,99%
Os itens televisão, som e informática, eletrodomésticos e equipamentos, contribuíram para o aumento de 0,79% na categoria Artigos de residência. Os preços do computador pessoal subiram entre janeiro a setembro 17,99%. Mobiliário recuou (-0,14%).
Vestuário em queda
O grupo Vestuário caiu 0,27% em setembro, índice menor que julho (-0,91%) e agosto (-0,63%). Roupas masculinas, femininas, infantis e calçados puxam a queda. Joias e bijuterias subiram 2,52% e acumulam alta anual de 8,79%.
Contas de água e luz sobem; gás encanado cai
O IPCA-15 apontou alta de 0,37% no grupo Habitação, com aumento de 1,00% nas taxas de água e esgoto -- impactado por aumentos nas tarifas em São Paulo (3,28), desde 15 de agosto. O gás encanado teve queda de 1,65%, refletindo as reduções de 5,16% no Rio de Janeiro (-2,99%) desde o começo de agosto, e de 8,88% em Curitiba (-7,35%), a partir do dia 19 de agosto.
Com exceção de Goiânia, todas as regiões tiveram aumento nos preços
O índice mostra que comparando todas as capitais, apenas a Goiânia teve a maior alta de preços, devido ao aumento da gasolina (8,19%) e do arroz (32,75%). Diferente de Salvador (0,18%), que teve queda nos preços da gasolina (-2,66%), contribuindo com redução de 0,12% em setembro.
O IPCA-15 refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Goiânia e Brasília.
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