Economia
Auxílio emergencial fez renda dos trabalhadores crescer 24%, diz estudo
Entre os informais, a estimativa é que o benefício proporcionou aumento médio de 50% no ganho usual de cada mês
Guilherme Resck
• Atualizado em
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O auxílio emergencial proporcionou crescimento médio de 24% na renda mensal dos trabalhadores brasileiros durante a pandemia da Covid-19, segundo estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). O benefício foi criado pelo Governo Federal em abril. Os pesquisadores Lauro Gonzalez e Bruno Perreira, do Centro de Estudos de Microfinanças e Inclusão Financeira da FGV, enviaram os resultados da pesquisa ao SBT Jornalismo nesta quarta-feira (30).
Para fazer a estimativa, os pesquisadores analisaram os dados de junho da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (PNAD Covid-19), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem o auxílio emergencial, o trabalho da FGV aponta que a perda média de renda seria de 18%, com o setor de cabelereiro, manicure e afins sendo o mais afetado (-42%).
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As cinco categorias que mais viram sua renda usual crescer graças ao benefício foram as de auxiliar de agropecuária (+71%), empregado doméstico e diarista (+61%), agricultor, criador de animais e pescador (+59%), faxineiro e auxiliar de limpeza (+52%), e porteiro e zelador (+45%). A análise contemplou 36 setores e, em todos, o auxílio mais do que compensou a perda de renda provocada pelo avanço da Covid-19.
O estado de Alagoas foi o que apresentou o maior crescimento (132%) na renda dos trabalhadores. No geral, o aumento no ganho de cada mês foi maior para mulheres (+103%) e pessoas sem escolaridade (+156%).
Para fazer a estimativa, os pesquisadores analisaram os dados de junho da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Covid-19 (PNAD Covid-19), conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Sem o auxílio emergencial, o trabalho da FGV aponta que a perda média de renda seria de 18%, com o setor de cabelereiro, manicure e afins sendo o mais afetado (-42%).
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As cinco categorias que mais viram sua renda usual crescer graças ao benefício foram as de auxiliar de agropecuária (+71%), empregado doméstico e diarista (+61%), agricultor, criador de animais e pescador (+59%), faxineiro e auxiliar de limpeza (+52%), e porteiro e zelador (+45%). A análise contemplou 36 setores e, em todos, o auxílio mais do que compensou a perda de renda provocada pelo avanço da Covid-19.
O estado de Alagoas foi o que apresentou o maior crescimento (132%) na renda dos trabalhadores. No geral, o aumento no ganho de cada mês foi maior para mulheres (+103%) e pessoas sem escolaridade (+156%).
Entre os trabalhadores informais, o crescimento médio na renda provocado pelo benefício foi de 50%. Na visão dos pesquisadores, a conclusão obtida "não significa que o auxílio emergencial seja excessivo, mas sim que o nível de pobreza e desigualdade do Brasil é muito alto".
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