Pobreza pode alcançar mais 14 milhões de brasileiros por causa da pandemia
A estimativa consta em um novo estudo internacional, segundo o qual o número de extremamente pobres no mundo pode chegar a 1,1 bilhão
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Um estudo publicado pelo Instituto Mundial da Universidade das Nações Unidas de Pesquisas em Economia do Desenvolvimento (UNU-WIDER), nesta sexta-feira (12), mostra que 14,4 milhões de brasileiros podem entrar na linha da pobreza em decorrência do impacto econômico provocado pela pandemia do novo coronavírus. No mundo, é estimado um acréscimo de mais de 527 milhões no número de pobres.
Para chegar nesses resultados, os pesquisadores, que incluem membros do King`s College de Londres e da Universidade Nacional da Austrália também, levaram em conta um cenário em que as medidas adotadas para impedir o avanço da Covid-19, como o fechamento do comércio, fariam com que a população, local ou global, perdesse 20% da renda per capita, e novas pessoas passassem a viver com menos de US$ 5,50 (R$ 27,80) diários. Essa quantia é uma das três faixas de pobreza estabeleciadas pelo Banco Mundial, que incluem ainda uma intermediária de US$ 3,20 e a da extrema pobreza, equivalente a US$ 1,90.
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O estudo, que pode ser conferido na íntegra neste link, abrange todas as faixas e faz estimativas para outros dois cenários menos problemáticos, que são de 5% e 10% na retração da renda. Contudo, se qualquer um deles se confirmar, o Brasil terá o terceiro maior aumento no número de pobres vivendo com menos de US$ 5,50 por dia, dentre os países em desenvolvimento, atrás apenas de Bangladesh e da China.
Em relação aos que se encaixam na extrema pobreza, o número de pessoas no mundo subiria dos atuais 727,3 milhões para 1,1 bilhão, no cenário de 20% na retração da renda. Nessa mesma condição, o Brasil veria 3,3 milhões de habitantes se tornando extremamente pobres. Os recursos necessários para retirar as pessoas dessa categoria subiriam dos atuais US$ 446 milhões por dia para US$ 700 milhões.
Nas palavras dos pesquisadores, em termos gerais, as estimativas "sugerem uma reversão de sete a dez anos de progresso na luta contra a redução da pobreza, dependendo da contração, e o primeiro aumento absoluto de pessoas que vivem em extrema pobreza desde 1999".
Para chegar nesses resultados, os pesquisadores, que incluem membros do King`s College de Londres e da Universidade Nacional da Austrália também, levaram em conta um cenário em que as medidas adotadas para impedir o avanço da Covid-19, como o fechamento do comércio, fariam com que a população, local ou global, perdesse 20% da renda per capita, e novas pessoas passassem a viver com menos de US$ 5,50 (R$ 27,80) diários. Essa quantia é uma das três faixas de pobreza estabeleciadas pelo Banco Mundial, que incluem ainda uma intermediária de US$ 3,20 e a da extrema pobreza, equivalente a US$ 1,90.
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O estudo, que pode ser conferido na íntegra neste link, abrange todas as faixas e faz estimativas para outros dois cenários menos problemáticos, que são de 5% e 10% na retração da renda. Contudo, se qualquer um deles se confirmar, o Brasil terá o terceiro maior aumento no número de pobres vivendo com menos de US$ 5,50 por dia, dentre os países em desenvolvimento, atrás apenas de Bangladesh e da China.
Em relação aos que se encaixam na extrema pobreza, o número de pessoas no mundo subiria dos atuais 727,3 milhões para 1,1 bilhão, no cenário de 20% na retração da renda. Nessa mesma condição, o Brasil veria 3,3 milhões de habitantes se tornando extremamente pobres. Os recursos necessários para retirar as pessoas dessa categoria subiriam dos atuais US$ 446 milhões por dia para US$ 700 milhões.
Nas palavras dos pesquisadores, em termos gerais, as estimativas "sugerem uma reversão de sete a dez anos de progresso na luta contra a redução da pobreza, dependendo da contração, e o primeiro aumento absoluto de pessoas que vivem em extrema pobreza desde 1999".
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