Masp inaugura novo prédio na Avenida Paulista com acervo de 12 mil obras
Nova unidade do Museu de Arte de São Paulo, com design inspirado nos museus verticais de Nova York, amplia espaço dedicado à arte moderna
Nathalia Fruet
No coração da Avenida Paulista, o Museu de Arte Moderna de São Paulo ganha novos contornos. Antes da inauguração do prédio anexo, trabalhadores finalizavam os últimos detalhes, nesta quinta-feira (27) para receber o público.
O novo espaço conta com 14 andares e quase oito mil metros quadrados voltados para exposições de arte. A construção levou seis anos para ser concluída e fica ao lado do edifício original, que passa por restauração. Um túnel vai interligar os dois prédios — antigo e novo — e deve ser entregue no segundo semestre deste ano.
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A nova unidade recebeu o nome de Pietro Maria Bardi, primeiro diretor do Masp e marido da arquiteta modernista Lina Bo Bardi, responsável pelo projeto original do museu. Entre os admiradores do Masp, a expectativa para a inauguração era grande.
“Eu amo museu e estou muito ansiosa”, contou uma visitante. “Está bonito”, avaliou o engenheiro Jorge Grego.
O design do novo prédio foi inspirado nos museus verticais de Nova York. Segundo a repórter Nathalia Fruet, “o grande diferencial está no revestimento de chapas metálicas perfuradas que controlam a luz natural e reduzem a temperatura interna. A estrutura funciona como uma ‘pele’ protetora, diminuindo a carga térmica e otimizando o sistema de climatização”.
Nas novas galerias, os visitantes podem conferir parte do acervo do Masp, composto por 12 mil obras. Entre elas, estão o quadro "Busto de Homem", do espanhol Pablo Picasso, e "Madame Cézanne", do francês Paul Cézanne. Imagens mostram a chegada dessas peças ao Brasil.
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“O museu foi fundado em 1947. A Segunda Guerra acabou em 1945, então o mercado de arte na Europa estava com os preços muito reduzidos. O Masp se articulou com a elite industrial que estava em ascensão e foi uma grande empreitada”, explicou o curador Guilherme Giufridra.
A construção do novo prédio custou 250 milhões de reais, valor financiado por doações. A partir desta sexta-feira, o público poderá visitar cinco exposições. Nuria, que teve acesso ao espaço antes da inauguração, aprovou o resultado. “Fiquei feliz porque o Masp tem obras guardadas, pelo menos a gente vai ter acesso”, disse.
