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Cultura

Escritora Marina Colasanti morre aos 87 anos

Autora também teve carreira como artista plástica e jornalista; multipremiada, deixa mais de 70 livros publicados

Imagem da noticia Escritora Marina Colasanti morre aos 87 anos
Escritora Marina Colasanti | Reprodução/Site oficial
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A escritora Marina Colasanti, de 87 anos, morreu nesta terça-feira (28), no Rio de Janeiro. A informação foi confirmada ao SBT News pelo Parque Lage. Causa ainda não foi divulgada oficialmente.

A autora deve ser velada nesta quarta (29), das 9h às 12h, em momento reservado para familiares e amigos no palacete da Escola de Artes Visuais do Parque Lage.

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Carreira e prêmios

Multipremiada e com mais de 70 livros publicados, a também jornalista, publicitária e artista plástica — ela assinava ilustrações de seus próprios trabalhos — transitou entre obras de poesia, contos, crônicas, ensaios e títulos para crianças, jovens e adultos.

Colasanti nasceu em 1937, em Asmara, capital da Eritreia. Também viveu em Trípoli, na Líbia, e na Itália. Em 1948, mudou-se com a família para o Rio de Janeiro.

Marina Colasanti: autora de poesias, contos e crônicas | Reprodução/Site oficial
Marina Colasanti: autora de poesias, contos e crônicas | Reprodução/Site oficial

Casada com o também escritor Affonso Romano de Sant'Anna, com quem teve as filhas Alessandra e Fabiana — que faleceu em 2021 —, a autora começou nas artes plásticas. Iniciou trajetória como jornalista no Jornal do Brasil. Passou por diversos veículos ao longo da trajetória na imprensa.

Também fez trabalhos na televisão, editando e apresentando programas de temática cultural, e atuou como tradutora de literatura.

Publicou primeiro livro, "Eu, Sozinha", em 1968, dando início a uma frutífera e premiada carreira na literatura.

Venceu diversas vezes o Prêmio Jabuti, que a consagrou como Personalidade Literária de 2024, por obras como "Entre a Espada e a Rosa" (1993), "Passageira em Trânsito" (2010) e "Breve História de um Pequeno Amor" (2014), eleito livro do ano de ficção.

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Outro reconhecimento de relevo veio em 2023, com o Prêmio Machado de Assis, concedido pela Academia Brasileira de Letras (ABL) e considerado o mais antigo da literatura nacional. Ela foi a décima mulher a receber essa distinção pelo conjunto da obra.

"Estou muito emocionada, não esperava. Mas acho que sou merecedora porque tenho uma obra extensa. Nunca escrevi romance, mas muitos contos, minicontos, contos infantis, contos estranhos", declarou à época.

O currículo da escritora ainda reúne Grande Prêmio da Crítica, da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional e terceiro lugar no Portugal Telecom de Literatura, em 2011, entre outras premiações.

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