Cantora Jessie J revela câncer de mama e anuncia breve pausa na carreira
Artista foi diagnosticada com doença em estágio inicial e passará por cirurgia

Camila Stucaluc
A cantora Jessie J foi diagnosticada com câncer de mama em estágio inicial. A artista, de 37 anos, fez a revelação por meio de um vídeo publicado nas redes sociais, na terça-feira (3), no qual também anunciou que fará uma breve pausa na carreira para passar por uma cirurgia.
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"Câncer é uma droga, de qualquer forma, mas estou me segurando no termo 'estágio inicial'”, disse Jessie J. “Eu vou desaparecer por um tempo, depois do [festival] Summertime Ball [em junho], para passar pela cirurgia. E eu vou voltar com peitões e muita música nova”, completou a cantora.
Jessie J é uma das atrações confirmadas na próxima edição do The Town, que acontece nos dias 6, 7, 12, 13 e 14 de setembro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. O show da cantora está marcado para o dia 13 de setembro, mesma data das apresentações de Mariah Carey e Ivete Sangalo.
O que é câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença resultante da multiplicação de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns se desenvolvem rapidamente, e outros, não. Segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos casos tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado e tratado no início.
Os médicos apontam que não há uma causa única para o câncer de mama. Diversos fatores estão relacionados à doença, incluindo aspectos comportamentais e genéticos (veja lista abaixo). O risco de desenvolver o câncer, contudo, aumenta com a idade, sendo maior a partir dos 50 anos.
Fatores de risco:
Comportamentais/ambientais
- Obesidade e sobrepeso após a menopausa
- Sedentarismo (não fazer exercícios)
- Consumo de bebida alcoólica
- Exposição frequente a radiações ionizantes (raios X, mamografia e tomografia)
História reprodutiva/hormonais
- Primeira menstruação (menarca) antes dos 12 anos
- Não ter tido filhos
- Primeira gravidez após os 30 anos
- Parar de menstruar (menopausa) após os 55 anos
- Ter feito uso de contraceptivos orais (pílula anticoncepcional) por tempo prolongado
- Ter feito reposição hormonal pós-menopausa, principalmente se por mais de cinco anos
Hereditários/genéticos (5% a 10% dos casos)
- História familiar de: câncer de ovário, câncer de mama em homens, câncer de mama em mãe, irmã ou filha, principalmente antes dos 50 anos
- Mulher que possui alterações genéticas herdadas na família, especialmente nos genes BRCA1 e BRCA2
Apesar de raro (apenas 1% dos diagnósticos), o câncer de mama também pode afetar homens. Em ambos os casos, os sinais e sintomas incluem:
- Caroço (nódulo) endurecido, fixo e geralmente indolor. É a principal manifestação da doença, estando presente em mais de 90% dos casos.
- Alterações no bico do peito (mamilo).
- Pequenos nódulos na região embaixo dos braços (axilas) ou no pescoço.
- Saída espontânea de líquido de um dos mamilos.
- Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja.
Além de estarem atentas ao próprio corpo, é recomendado que as mulheres, sobretudo entre 50 a 69 anos, façam exame de rotina, como a mamografia e o exame clínico das mamas, que identificam alterações suspeitas nas mamas. A confirmação da doença, por sua vez, é feita pelo exame histopatológico (biópsia), que analisa uma pequena parte retirada da lesão.
Há tratamento?
Nos últimos anos, houve grandes avanços no tratamento do câncer de mama, o que traz esperança para muitas mulheres. Novas abordagens, como as terapias-alvo e a imunoterapia, têm mostrado resultados mais eficazes e com menos efeitos colaterais. Essas terapias ajudam a atacar mais especificamente as células cancerígenas, reduzindo os efeitos adversos do tratamento.
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Além disso, os testes moleculares têm se tornado cada vez mais importantes. Os procedimentos analisam as características do tumor e ajudam os médicos a decidirem qual o melhor tratamento para cada caso — adaptando-se às necessidades individuais de cada paciente. O acesso a novos medicamentos e a técnicas cirúrgicas também melhorou, oferecendo mais opções para as mulheres.