Serviços públicos fechados, vias interditadas e estações bloqueadas: o caos no Rio após megaoperação
Operação mais letal do Rio de Janeiro mobiliza 2,5 mil policiais e deixa ao menos 64 mortos, incluindo quatro agentes

SBT Rio
Criminosos usaram ônibus e caminhões como barricadas para bloquear diversas vias do Rio de Janeiro nesta terça-feira (28), em retaliação à megaoperação do governo contra o Comando Vermelho, nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte.
+ VÍDEO: criminosos lançam bombas com drones contra operação policial no Rio
Desde o início da tarde, vias expressas e importantes corredores viários foram interditados, como a Avenida Brasil, Linha Amarela, Linha Vermelha e Autoestrada Grajaú-Jacarepaguá.
Por causa dos confrontos e o caos na cidade, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Faetec de Quintino suspenderam as aulas.
Escolas públicas e particulares também dispensaram alunos por questões de segurança. Segundo a Secretaria Municipal de Educação, 31 escolas foram impactadas no Complexo do Alemão e outras 17 no Complexo da Penha.
A Rio Ônibus informou que mais de 100 linhas tiveram itinerários alterados. A Mobi-Rio suspendeu os serviços dos corredores Transbrasil e Transcarioca do BRT, além das linhas de conexão.
A estação de metrô Central do Brasil, uma das principais do estado, ficou lotada de passageiros que não conseguiam se deslocar por conta do bloqueio do transporte público. Imagens registradas mostram diversas pessoas preocupadas e sem saber o que fazer.
+ Operação no Alemão e na Penha é a mais letal da história do Rio de Janeiro
A operação mais letal da história do Rio
A Operação Contenção, considerada a maior e mais letal da história do Rio, mobiliza 2,5 mil policiais e já deixou pelo menos 64 mortos, incluindo quatro agentes de segurança.
Até o momento, 81 suspeitos foram presos, entre eles Nicolas, apontado como operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o “Doca”, um dos chefes da facção. A polícia também apreendeu 75 fuzis.
A ação tem como objetivo desarticular o comando da facção e impedir a expansão territorial do crime organizado. Segundo o governo estadual, a operação conta com drones, dois helicópteros, 32 blindados, 12 veículos de demolição e ambulâncias do Grupamento de Salvamento e Resgate.
Criminosos reagiram à chegada das forças de segurança montando barricadas e lançando explosivos por drones. Três moradores ficaram feridos durante os confrontos.
+ Castro critica atuação do governo federal e diz que Rio está sozinho contra o crime organizado









