Ômicron tem menor risco de internação comparada à delta, diz estudo
Pesquisa destaca proteção oferecida tanto pela vacinação quando pela infecção natural
O risco de reinfecção com a variante ômicron é 5,4 vezes maior que a variante delta, de acordo com estudo do Imperial College London -- universidade pública de Londres --, nesta 4ª feira (22.dez). Segundo a instituição de ensino, o risco de internação hospitalar para pacientes com a variante ômicron da covid-19 é de 40% a 45% menor do que o dos pacientes com a variante delta.
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"De maneira geral, encontramos evidências de redução no risco de hospitalização com a ômicron em relação às infecções com a delta, pesando todos os casos no período do estudo", afirmaram os pesquisadores, que analisaram os dados de casos confirmados por testes do tipo RT-PCR na Inglaterra entre 1º e 14 de dezembro.
O estudo britânico segue um outro sul-africano divulgado também nesta 4ª feira, que descobriu que pessoas diagnosticadas com a ômicron na África do Sul entre 1º de outubro e 30 de novembro tinham 80% menos chances de serem internadas do que as diagnosticadas com outra variante no mesmo período.
Para os pesquisadores, o risco de qualquer visita ao hospital com a variante ômicron era entre 20% e 25% menor que o proporcionado pela variante delta. Os pesquisadores estimaram o crescimento e o escape imunológico da variante ômicron na Inglaterra. Eles usaram dados da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA) e do Serviço Nacional de Saúde (NHS), para todos os casos de SARS-CoV-2 confirmados por teste RT-PCR na Inglaterra, feitos entre 29 de novembro e 11 de dezembro de 2021.
O estudo inclui pessoas identificadas como portadoras de infecção por ômicron devido a uma falha no alvo do gene S (SGTF), bem como pessoas com dados de genótipo que confirmaram a infecção pela nova variante. No geral, 196.463 pessoas sem falha do gene S (provavelmente infectadas com outra variante) e 11.329 casos com ele (provavelmente infectadas com ômicron) foram incluídas na análise, entre outros.
Os cientistas acrescentam, no entanto, que as reduções em hospitalizações precisam ser consideradas levando-se em conta o maior risco de infecção com a ômicron, devido à redução na proteção oferecida tanto pela vacinação quando pela infecção natural.