Mais de mil municípios ficaram sem vacinas contra covid para 2ª dose
Também houve falta de imunizantes para 1ª dose em 322 cidades, segundo Confederação Nacional de Municípios

SBT News
Municípios brasileiros enfrentam dificuldades para continuar a vacinação contra covid-19 na última semana. Segundo levantamento da Confederação Nacional de Municípios divulgado nesta 6ª feira (14.mai), 1.142 cidades ficaram sem vacinas suficientes para 2ª dose da imunização.
A falta de vacinas também afetou a aplicação da 1ª dose em 322 cidades. O levantamento foi feito entre os dias 10 e 13 de maio, com 3.051 municípios do país.
A vacina CoronaVac é a que mais está em falta: 92% das cidades apontaram não ter o imunizante para terminar a etapa de 2ª dose da vacinação. O Instituto Butantan, que é responsável pela fabricação do imunizante no Brasil, divulgou que a produção será pausada pela falta do IFA -- insumo farmacêutico necessário para produção das doses. O insumo é enviado pela China.
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A pesquisa também aponta que milhares de cidades deram início à vacinação para pessoas com comorbidades -- são 2,5 mil municípios -- e grávidas -- para o grupo, a vacinação começou em 1.846 locais. Desde o início da semana, grávidas e puérperas -- mulheres que deram à luz recentemente -- foram proibidas de receber a vacina de Oxford, desenvolvida pela AstraZeneca e pelo instituto Fiocruz.
Em 21 de março -- dois dias antes da exoneração oficial do ex-ministro Eduardo Pazuello e da posse do atual, Marcelo Queiroga --, o Ministério da Saúde mudou a orientação e recomendou que os estados usassem todos os imunizantes que vinham sendo armazenados para a 2ª dose como 1ª aplicação. O objetivo era acelerar a imunização no país.
Dificuldade de vacinação
Quase mil cidades afirmaram ter encontrado resistência da população em receber a vacina, principalmente a da AstraZeneca. Para auxiliar no processo, 97% dos municípios relataram realizar campanhas de conscientização sobre a importância da imunização.
Falta de oxigênio
A pesquisa também mediu se os municípios enfrentam risco de falta de oxigênio para tratamento de pacientes internados com covid-19. Ao todo, 225 cidades (7,4%) indicaram chance de falta do recurso. A maior parte, 89,7%, disse não ter possibilidade de falta de oxigênio, e 2,9% não respondeu.
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