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Congresso

Eliziane Gama: "Havia planejamento de se repetir o que ocorreu em 1964"

Relatora da CPMI do 8 de Janeiro concedeu entrevista ao SBT News sobre parecer apresentado nesta 3ª

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Eliziane Gama
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Autora do relatório da CPMI do 8 de Janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) afirmou que havia um planejamento de se repetir no Brasil o golpe de 1964. No parecer, apresentado nesta 3ª feira (17.out), ela pede o indiciamento de 61 pessoas, entre elas, o ex-presidente Jair Bolsonaro e cinco de seus ex-ministros.

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"Nós apresentamos um plano de trabalho centrado exatamente em que o 8 de janeiro possivelmente não acabaria em si próprio. Na verdade, ele é o desfecho de um enredo que vinha sendo construído há anos, sobretudo protagonizado pelo então presidente Jair Bolsonaro", disse, em entrevista ao programa Poder Expresso. "Havia claramente um planejamento de se repetir no Brasil agora em 2023 o que ocorreu lá nos anos 1960, precisamente em 1964, quando infelizmente naquele momento se conseguiu uma intervenção militar sob a argumentação de se tentar suplantar uma implantação de um comunismo no Brasil. Isso se trabalhou muito nos últimos meses e anos aqui no Brasil, na mesma linha", acrescentou.

Sobre o ex-presidente, a relatora da comissão aponta que ele foi uma "figura central", por usar todo o "aparato que ele tinha para disseminar informações e incentivar práticas golpistas". No documento, a senadora também pede o indiciamento de diversos militares, inclusive de nomes que já estiveram no alto comando das Forças Armadas. Ela explica que os atos de 8 de Janeiro foram gestados nos acampamentos golpistas em frente a quartéis generais e que "havia uma responsabilidade dos integrantes do Exército de desmobilizar esses acampamentos".

Ainda na entrevista, Eliziane Gama falou sobre uma provável tentativa de intimidação, quando recebeu diversas caixas em seu gabinete, com remetente tendo endereço em uma área militar no Rio Grande do Sul, e termos alusivos à morte. Por fim, a parlamentar indicou quais serão os próximos passos após a aprovação do relatório -- como a entrega dos documentos ao Ministério Público Federal -- e defendeu que as punições tenham caráter pedagógico: "O 8 de Janeiro não pode jamais se repetir. E para ele não ser repetido, a impunidade não pode ocorrer e, para isso, as instituições são fundamentais."

Confira a íntegra da entrevista (a partir de 31min45seg): 

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