CPMI do 8/1 ouve general Gonçalves Dias, ex-chefe do GSI de Lula
Oposição quer confrontar militar com imagens da invasão no Planalto; parlamentares da base tentam blindar aliado, nesta 5ª feira
O ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Gonçalves Dias vai ser ouvido nesta 5ª feira (31.ago), na CPMI dos Atos Golpistas do 8 de Janeiro. Um dos alvos principais dos parlamentares da oposição, G. Dias - como é conhecido - deve contar com os membros da base de apoio ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que vão tentar "blindar" o aliado.
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G. Dias deixou o cargo de ministro-chefe do GSI no dia 19 de abril, após imagens das invasões e depredações dos prédios do Planalto, Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF). Trechos que não haviam sido divulgados pelo governo Lula mostraram ele circulando durante os crimes.
A convocação de G. Dias foi uma das que mais tiveram requerimentos apresentados, principalmente de membros da oposição. Senadores e deputados consideram sua fala essencial para descobrir qual foi sua participação na segurança do Planalto no dia 8 de janeiro e quais foram as ações tomadas pelo GSI.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) questionou a "dispensa de um pelotão "com 36 militares do Choque", pelo GSI, que seriam "preparados para controle de distúrbios civis, que poderiam ficar de prontidão". "Somente depois de os ataques começarem houve pedidos de reforço. O GSI disse que a guarnição de serviço no Palácio já estava reforçada com tropa de choque do BGP [Batalhão da Guarda Presidencial], sem revelar o efetivo", afirma o parlamentar, ao justificar a convocação.
O ex-segurança de Lula e primeiro chefe do GSI do atual governo foi ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do Distrito Federal. E negou ter participado, ou se omitido, durante os atos do 8 de janeiro.
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