Relatora quer quebra de sigilo de sargento que trabalhou para Bolsonaro
Eliziane Gama considerou que depoimento apresentou contradições e quer detalhes bancários de militar
Lis Cappi
A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos de 8 de Janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), considerou que o depoimento apresentado pelo sargento Luis dos Reis nesta 5ª feira (24.ago) apresentou contradições, e quer a quebra de sigilos do militar.
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Reis atuou na Ajudância de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, está preso junto ao tenente-coronel Mauro Cid, e é apontado como um dos nomes que fez movimentações financeiras atípicas ligadas ao antigo governo.
O militar foi questionado por transferências com a empresa Cedro do Líbano Comércio e Materiais para Construção, que ganhou um contratos à época do governo Bolsonaro e é apontada como contas atípicas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). De acordo com o apresentado por parlamentares na CPMI, a empresa movimentou mais de R$ 33 milhões entre janeiro de 2022 e abril de 2023 - mesmo com o rendimento médio sendo inferior.
"O senhor movimentou na sua conta R$3,3 milhões. Se a gente pegar aqui o relatório do Coaf: Mauro Cesar Cid, R$6.723.780; Luis Marcos dos Reis, R$3.341.779; Luiz Antonio Gonçalves de Oliveira, R$582.666; Osmar Crivelatti, mais de meio milhão de reais; Jairo Moreira da Silva, R$453 mil; Adriano Alves Teperino, R$268 mil. São as movimentações", declarou o deputado Duarte Junior (PSB-MA) durante a sessão. O comentário não foi rebatido pelo sargento.
Eliziane também destacou no colegiado que houve uma série de movimentações financeiras atípicas, e defende a quebra de sigilo de dos Reis em breve.
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