CPMI vai ao Supremo para cobrar todas as imagens do Ministério da Justiça
Arthur Maia disse que Flávio Dino não enviou todos os vídeos; oposição quer convocar ministro
Lis Cappi
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Atos de 8 de Janeiro, deputado Arthur Maia (União-BA), anunciou nesta 3ª feira (15.ago), que o Ministério da Justiça não enviou todas as imagens do circuito de câmeras durante os atos de 8/1, e que irá ao Supremo Tribunal Federal (STF) para cobrar o encaminhamento do material de forma integral.
"Não há dúvidas de que as fitas vieram para cá. [...] Mas nós sabemos que não existem apenas duas câmeras na entrada do Ministério da Justiça, quem já foi lá sabe que existem câmeras em todos os corredores, em todos os andares. O pedido da CPMI foi muito além do que aquilo que foi enviado pelo Ministério da Justiça", declarou o presidente da comissão, Arthur Maia.
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O deputado afirmou ter enviado um pedido para o ministro Alexandre de Moraes, para que haja detalhamento da determinação do STF. Ele também disse ter relatado que os pedidos feitos pelos parlamentares da comissão não foram atendidos. "Cobrar integralmente que todas as imagens, na forma que foram solicitadas pelos parlamentares, sejam de fatos encaminhados para esta CPMI", afirmou.
As respostas vieram após uma questão de ordem apresentada pelo senador Jorge Seif (PL-SC), que defendeu mandado de busca e apreensão para as imagens e quer a convocação para depoimento do ministro da Justiça, Flávio Dino, do interventor federal após os atos de 8/1, Ricardo Cappelli, e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Gonçalves Dias.
Ao longo da sessão desta 3ª, outros parlamentares também questionaram o envio das imagens. O deputado Filipe Barros (PL-PR) alega haver mais de dez imagens em circuitos de câmeras.
O Ministério da Justiça foi contatado pela reportagem para posicionamento a respeito do envio das imagens à CPMI, mas não respondeu até a publicação desta reportagem. O texto será atualizado em caso de resposta.