Eliziane rebate Torres e diz que minuta do golpe não era descarte
Relatora também anunciou pedido de acareação para apurar contradições entre Torres e de delegado da PF
Lis Cappi
A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), rebateu declaração do ex-ministro da Justiça no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal Anderson Torres.
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Após Torres tirar a importância do documento encontrado em sua casa pela Polícia Federal, Eliziane questionou a minuta, afirmando que de acordo com foto da Procuradoria-Geral da República (PGR) enviada à CPMI, o documento estava bem guardado dentro de um armário, com itens pessoais e fotos de família. "Não parecia material de descarte conforme o senhor disse", contestou.
Eliziane também anunciou intenção em uma acareação entre os depoimentos de Anderson Torres e do superintendente da Polícia Federal na Bahia, Leandro Almada -- por diferenças entre relatos concedidos entre os dois.
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Os dois se reuniram na Bahia antes do segundo turno das eleições de 2022, e deram explicações diferentes para o encontro: Torres disse que foi para vistoriar obras, enquanto Almada que trataram a respeito de pontos de votação -- e onde o então candidato à presidência Luiz Inácio Lula da Silva teria mais votos.
A data é questionada pela suspeita de que Torres pode ter atuado em intervenções em rodovias registradas no dia da eleição. Na CPMI, o ex-ministro negou movimentos, e disse que poderia ser feita a comparação entre os dois relatos.
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