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Congresso

Tabata Amaral avalia escolas cívico-militares: caras e sem resultado

Em entrevista, deputada, que preside frente da Educação, falou sobre projetos ligados ao tema

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Tabata Amaral
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Presidente da Frente Parlamentar da Educação, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) avaliou como acertada a decisão do governo federal de acabar com o programa das escolas cívico-militares. Na opinião dela, a iniciativa -- criada na gestão de Jair Bolsonaro (PL) -- custou muito e não apresentou resultados.

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"Esse programa tem resultado? As notas são maiores? Tem menos violência? A gente não tem hoje nenhum estudo mostrando que esse programa de fato é efetivo, que o resultado é melhor do que em escolas regulares. Por que essa pergunta é importante? Porque esse é um programa muito caro. As escolas cívico-militares receberam muito mais recursos que as escolas regulares. E quando a gente fala do público, quando fala do governo, não dá pra gente, por uma ideologia, por um achismo, colocar mais dinheiro em um projeto sem saber se ele está dando retorno, sem saber se ele é bom para a educação", afirmou a congressista, em entrevista ao programa Poder Expresso, do SBT News.

Ainda na entrevista, Tabata falou sobre a Semana da Educação no Senado -- iniciativa da Frente Parlamentar, que levou à aprovação de cinco projetos relacionados ao tema: Escola em tempo integral; Marco legal do ensino técnico; Combate à violência nas escolas; Criação de fóruns e conselhos escolares; e bolsas de pesquisa para servidores e empregados públicos. A deputada destaca o marco legal que, segundo ela, visa "romper a hierarquia entre ensino técnico e faculdade, graduação".

"A gente vai ter que parar de pensar a educação desse jeito quadrado, com diploma, cinco anos de formação, para pensar em blocos que se somam ao longo da nossa vida, especialmente com a revolução tecnológica, para sair desse modelo de diploma e, de fato, certificar tudo que você está aprendendo, em uma especialização, em um mestrado", apontou.

Ela também adianta que há a ideia de repetir a iniciativa, em agosto, na Câmara. Mas vai além: seu desejo é de que a educação não precise mais ser foco de ações temáticas: "O que eu quero é que no futuro não tenha mais 'Semana da Educação'. [Que] todo dia se fale em educação, todo dia se debata a educação".

Assista à íntegra da entrevista: 


 
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