Fardado, Mauro Cid chega para depor na CPMI do 8 de janeiro
Tenente-coronel pode ficar em silêncio naquilo que eventualmente o incrimine
Guilherme Resck
O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), chegou por volta de 10h35, nesta 3ª feira (11.jul), ao plenário onde está sendo realizada a 8ª reunião da CPMI do 8 de janeiro. Ele foi convocado para prestar depoimento nas condições de investigado e testemunha.
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Um dos pedidos de convocação aprovado foi feito pela relatora da comissão, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e tem como base mensagens do celular de Cid com possíveis referências a atos golpistas.
Ao Senado, hoje, o militar chegou por volta das 8h50 - acompanhado dos advogados, que ficarão ao seu lado também durante o depoimento, e sob escolta do Batalhão da Polícia do Exército de Brasília.
Primeiro, ele teria seguido para a sala da Secretaria de Apoio à Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, ao lado do plenário onde está ocorrendo a sessão da CPMI. Às 9h10, caminhando em direção à sala, o senador Omar Aziz (PSD-AM) disse que perguntaria a Cid se ele iria falar na reunião. "Se ele não for falar, eu vou embora", acrescentou. Pouco depois de entrar no local, o parlamentar saiu e afirmou que, na realidade, o tenente-coronel estava no andar de baixo.
Cid foi para o depoimento fardado, ao contrário do que fez o coronel do Exército Jean Lawand Júnior: este compareceu à CPMI de terno e gravata no mês passado.
Inicialmente, a oitiva do tenente-coronel seria a primeira parte da reunião de hoje, mas a Presidência inverteu: foram votados requerimentos, e depois o militar foi chamado. Por causa de um habeas corpus concedido pela ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), Cid poderá ficar em silêncio naquilo que eventualmente o incrimine, durante o depoimento.