Relatora e presidente da CPMI do 8/1 tentam acordo prévio
Arthur Maia e Eliziane Gama buscam membros da situação e oposição para definir prioridades
SBT News
O presidente e a relatora da CPMI dos Atos Golpistas de 8/01, senador Arthur Maia (União-BA) e Eliziane Gama (PSD-AM) negociam nesta 4ª feira (31.mai) um acordo prévio com membros da situação e da oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para traçar as prioridades e um plano de trabalho para o grupo.
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Nesta 5ª feira, às 9h, começam os trabalhos efetivos da comissão, com análise de requerimentos, discussões para formação de subcomissões, entre outras. São 642 pedidos de depoimentos, quebras de sigilos, acesso a dados processuais, entre outros.
A senadora Eliziane Gama (PSD-AM), relatora da CPMI, defendeu nesta 4ª feira (31.mai) que a comissão se reúna dois dias por semana. Ela se encontrou com os membros e vai fechar um levantamento de requerimentos e propostas para serem discutidas para definir um plano de trabalho.
"Estamos nos reunindo com a situação e a oposição para definir as convocações prioritárias", afirmou a relatora.
A CPMI foi instalada na 5ª feira (25.maio), quando foram eleitos o presidente, o relator e os membros. São 16 membros do Senado e 16 da Câmara. Eles têm 180 dias para concluir os trabalhos.
Requerimentos
Os integrantes da comissão já apresentaram 642 requerimentos até o fim da tarde desta 4ª feira (31.mai). São pedidos para ouvir o depoimento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de seu ex-braço direito no Planalto, o tenente-coronel Mauro Cid - preso desde o dia 3 de maio -, o atual ministro da Justiça, Flávio Dino, e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, entre outros.
O senador Izalci Lucas (PSDB-DF), que é o campeão de requerimentos apresentados, 98 até esta 4ª feira, afirmou que não há direcionamento e que os pedidos de quebra de sigilo se justificam. "Não estamos direcionando nem para A nem para B, nós queremos que a verdade seja colocada de uma forma muito clara para a população."
Segundo o senador, um dos casos é o do pedido de quebra de sigilo dos dados do telefone celular do ministro Flávio Dino. "O mais relevante que estão colocando é o do próprio ministro Flávio Dino, não é nada pessoal, é porque, de fato, naquele momento, quando aconteceu tudo aquilo, ele fez diversas ligações, conversou com o presidente Lula? Para isso, a gente precisa ter a quebra de sigilo."
Na lista estão pedidos de transferência de dados dos processos do STF, nas investigações da PF, relatórios da Abin, entre outros. Segundo o senador, onde existir "documentos relativos ao ato de 8 de janeiro", eles serão pedidos pela CPMI. Os requerimentos dos membros ainda precisam ser aprovados pela comissão.
Veja quem são os integrantes da CPMI dos Atos Golpistas de 8/1:
Titulares
Senadores
Marcelo Castro (MDB-PI)
Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB)
Eliziane Gama (PSD-MA)
Omar Aziz (PSD-AM)
Otto Alencar (PSD-BA)
Fabiano Contarato (PT-ES)
Rogério Carvalho (PT-SE)
Cid Gomes (PDT-CE)
Ana Paula Lobato (PSB-MA)
Esperidião Amin (PP-SC)
Davi Alcolumbre (União-AP)
Soraya Thronicke (União-MS)
Eduardo Girão (Novo-CE)
Marcos do Val (Podemos-ES)
Magno Malta (PL-ES)
Damares Alves (Republicanos-DF)
Deputados
Arthur Maia (União-BA)
André Fernandes (PL-CE)
Delegado Ramagem (PL-RJ)
Filipe Barros (PL-PR)
Carlos Sampaio (PSDB-SP)
Rodrigo Gambale (Podemos-SP)
Aluisio Mendes (Republicanos-MA)
Duarte (PSB-MA)
Amanda Gentil (PP-MA)
Duda Salabert (PDT-MG)
Rafael Brito (MDB-AL)
Paulo Magalhães (PSD-BA)
Rubens Pereira Júnior (PT-MA)
Rogério Correia (PT-MG)
Jandira Feghali (PCdoB-RJ)
Erika Hilton (PSOL-SP)