Hamilton Mourão é indicado para compor CPI das ONGs
Coletivo deve investigar repasses e a destinação de dinheiro para ONGs que atuam na Amazônia
Cristiane Noberto
O líder do Republicanos no Senado, Mecias de Jesus (Republicanos-RR), indicou, nesta 5ª feira (4.mai), o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) como membro titular da Comissão Parlamentar de Inquérito das ONGs. Mecias será suplente. A comissão terá 130 dias para investigar a liberação de recursos públicos para organizações não governamentais (ONGs) e para organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIPs).
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De iniciativa do senador Plínio Valério (PSDB-AM), o pedido de abertura do colegiado foi lido pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em abril.
Os parlamentares devem apurar ainda como foram gastos esses recursos entre 2002 e janeiro de 2023. Segundo o senador, a CPI analisará denúncias de supostos desvios de verbas destinadas a comunidades e projetos de preservação na região amazônica. A suspeita é que os recursos seriam utilizados para bancar a estrutura das próprias organizações.
Também estão na mira dos senadores a atuação de fachada de algumas instituições que estariam contrariando os interesses nacionais, a intromissão dessas entidades em funções institucionais do poder público e a compra de terras.
Vice do ex-presidente de Jair Bolsonaro (PL), Mourão foi eleito senafor pelo Republicanos no último pleito. Bolsonaro sempre teve uma postura firme contra ONGs e já chegou a dizer que as organizações eram um"câncer que não conseguiu matar", além de acusá-las de estar por trás das queimadas na Amazônia.
A CPI das ONGs contará com a participação de 11 titulares e 7 suplentes a serem indicados pelos líderes partidários e que terão o prazo de 130 dias para concluírem as investigações.
Com informações da Agência Senado