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Congresso

Big techs fizeram "horror" com a Câmara dos Deputados, diz Lira

Presidente da Casa deu declaração após adiar votação do Projeto de Lei das Fake News

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Arthur Lira fala ao microfone (Agência Câmara)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse nesta 3ª feira (2.mai) que as big techs (grandes empresas de tecnologia) fizeram um "horror" com a Câmara dos Deputados por causa do Projeto de Lei (PL) das Fake News, nos últimos dias. Lira deu a declaração depois de adiar a votação do PL, hoje, e em resposta a discurso feito pelo deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

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"Essa Casa sempre foi acostumada, deputado Sóstenes, a discutir temas, e eu nunca fugi disso. Na reunião da Mesa da minha residênica, da residência da Câmara dos Deputados, na semana passada, nós fomos discutir ideias. Como hoje da mesma forma. Textos. É isso que o relator [do PL das Fake News] está pedindo hoje, mais tempo para discutir texto. O tempo que nós queríamos, porque o acordo caiu na semana passada, nós poderíamos ter votado esse projeto no outro dia, a urgência foi aprovada na 3ª", iniciou Lira.

Na sequência, pontuou: "Nós demos os oito dias para que as big techs fizessem o horror que fizeram com a Câmara federal. E eu não vi ninguém aqui defender a Câmara federal. Num país com o mínimo de seriedade, Google, Instagram, Facebook, TikTok, todos os meios, tinham que ser responsabilizados. Você vai ver em todos. Como que você tem aqui, num site de pesquisa, um tratamento desonroso com essa Casa, [dizendo] que está vendendo e votando coisas contra a população brasileira?". Lira ressaltou que não está defendendo "texto A ou B", mas que "se construa texto".

Bronca em Sóstenes

Na resposta ao discurso de Sóstenes, Lira deu também uma bronca no parlamentar. "Deputado Sóstenes, não é fácil para mim, olhando para os 464 eleitores daqui de cima, tomar posições que só lhe agradem ou só agradem o outro lado. É muito difícil estar aqui no plenário, e o senhor viu que na sua fala ninguém lhe esculhambou do lado de cá. Mas o senhor estava ali aplaudindo quem vaiava um companheiro que usava o tempo de liderança para expressar o que ele pensa", afirmou o presidente da Casa.

Segundo Lira ainda, o deputado do PL, como integrante da Mesa Diretora, precisa entender que permitiu que ele falasse "pela liberalidade do tratamento" que tem de amizade com Sóstenes. "Porque como membro da Mesa, o senhor não podia usar o tempo do PL".

Posteriormente, na resposta, Lira afirmou que não pode ser criticado porque defende que a Câmara se posicione, independentemente do mérito, por um problema o qual afeta mais a oposição. Ele se referia à falta de legislação sobre as plataformas digitais.

Ao final da fala, voltou a cobrar respeito "a gente só tem que respeitar a fala do outro nesse plenário. Enquanto não respeitar a fala do outro nesse plenário, nós não vamos ter paz".

Discurso

Em seu discurso anterior, Sóstenes Cavalcante criticou atitudes de Lira. "Vossa excelência fez uma crítica ao líder do PL, Altineu [Côrtes], na semana passada, de descumpridor de acordo, isso não foi correto", falou ao presidente da Câmara. Ainda de acordo com ele, Lira cassou a palavra do Líder da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso, deputado Eli Borges (PL-TO).

E prosseguiu: "Sabe por que hoje não se votou o PL das Fake News? Porque o deputado Eli sequer foi para o seu estado e passou o fim de semana em Brasília ligando para deputados, e se colocasse para votar, esse PL hoje seria derrotado. Não colocaram para votar porque sabem que iriam perder. Então, presidente, eu quero aqui abrir o meu coração de dizer da minha tristeza, que essas não são características de vossa excelência. Características de vossa excelência são totalmente avessas ao que vimos na semana passada".

É necessário que o Partido Liberal e seus líderes, ressaltou, "sejam respeitados por essa Presidênica". "Que a semana passada, lamentavelmente, acho que por ânimos acirrados, por questões pessoais, talvez não houve isso com os nossos colegas".

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