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Congresso

Rodrigo Pacheco é reeleito presidente do Senado

Senador do PSD de Minas Gerais conquistou 49 votos e derrotou Rogério Marinho (PL-RN), apoiado por Bolsonaro

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Rodrigo Pacheco
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O senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) foi reeleito, nesta 4ª feira (1º fev), presidente do Senado Federal. Com o apoio do bloco governista, ele derrotou, por 49 a 32 votos, Rogério Marinho (PL-RN), que era apoiado pelo grupo bolsonarista.

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A disputa foi marcada pelo acirramento entre os dois grupos e foi considerado como um "3º turno" entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Pacheco era considerado franco favorito desde o fim do ano passado, mas viu a candidatura do adversário crescer nos últimos dias.

Marinho foi lançado pelo bloco PP-PL-Republicanos e começou a ganhar a adesão, inclusive, de parlamentares do partido do oponente. O senador Eduardo Girão (Podemos-CE), que também estava na disputa, retirou a candidatura momentos antes da votação para declarar apoio a Marinho.

Este será o segundo mandato de Rodrigo Pacheco na Presidência do Senado e do Congresso. Em 2021, ele foi eleito com 57 votos. Naquele ano, enfrentou a ex-senadora Simone Tebet (MDB-MS), que obteve 21 votos.

Discurso

Em discurso feito, nesta 4ª, antes da eleição para presidente do Senado, Pacheco disse que na função sempre agiu com atenção, dedicação, pontualidade e assiduidade para que a Casa "pudesse andar em momentos de crise".

Segundo o parlamentar, quando se tornou presidente pela primeira vez, há dois anos, havia no País uma institucional, além da crise da pandemia, mas "com sentimento de profunda responsabilidade", compreendeu que a cada dia do biênio precisaria desincumbir-se, para poder honrar os compromissos feitos por ele ao assumir a função e o juramento realizado ao tomar posse como senador, de defender a República e os fundamentos dela, o Estado de Direito, a democracia, a federação e o povo brasileiro.

Pacheco relembrou mudanças promovidas no Senado em seu mandato, entre as quais a criação da liderança da bancada feminina, da liderança da oposição e da Comissão de Segurança Pública. No período, segundo ele, "a quantidade de projetos aprovados em defesa das mulheres foi histórico no Senado Federal".

De acordo com o político ainda, no último biênio, a Casa foi "absolutamente" colaborativa com o Governo Federal. "E ouso desafiar algum integrante do governo anterior a dizer um só motivo que pudesse fazer com que caracterizasse a Presidência do Senado como uma Presidência hostil ao Governo Federal. Pauta-bomba, perseguição, exigência, chantagens, que infelizmente o Brasil se acostumou ao longo de anos a conviver na política, isso não aconteceu definitivamente na Presidência do Senado, na relação que busquei manter cooperativa com o governo e com os seus integrantes", complementou.

Pacheco ainda classificou o último biênio como "o mais produtivo da história do Senado nos últimos 30 anos". O parlamentar afirmou ter tido "a responsabilidade que deve ter alguém que senta naquela cadeira [de presidente], que não pode se render à demagogia, ao populismo, que não pode se escravizar pela desinformação de redes sociais, pela manipulação por vezes da mídia em relação a determinados temas. É preciso ter coragem para ser presidente do Senado e enfrentar os desafios que isso representa. Tenho absoluta convicção de que nesses meus dois anos eu busquei honrar cada voto que tive naquela eleição do dia 1º de fevereiro de 2021".

Como desafios da Casa na nova legislatura, citou o de não deixar retroceder conquistas importantes do Parlamento do Brasil, e a reforma tributária. "Um novo arcabouço fiscal, porque não podemos admitir que se continue a arrecadação confusa do sistema tributário brasileiro, tampouco podemos permitir que se acabe com a responsabilidade fiscal no nosso País, que é uma conquista da modernidade, e nós temos que garantir que se combata a gastança desenfreada do Estado brasileiro", prosseguiu.

"E a propósito de Estado, que busquemos um Estado necessário, um enxugamento da máquina, cortes de gastos públicos e temos que cobrar o governo federal cortes de despesas. Temos esse compromisso de permitir que esse governo, com a cooperação do Congresso, possa não errar, esse é o nosso papel".

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