Senado aprova intervenção federal na segurança do Distrito Federal
Texto já havia passado pela Câmara logo após publicação do decreto presidencial
André Anelli
Em votação híbrida, entre senadores presenciais ou remotamente, o Senado aprovou a intervenção do governo federal na segurança pública do Distrito Federal até 31 de janeiro.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
O posicionamento já era aguardado, porque um dia antes a Câmara dos Deputados já havia tomado uma decisão semelhante. A votação foi simbólica, ou seja, sem o uso do painel eletrônico para a contabilizar os votos.
A aprovação das duas casas legislativas vai ao encontro do decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que já estava em vigor e instituiu para a União o controle provisório da pasta da segurança distrital.
No início da sessão de votação no Senado, o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) repudiou os ataques violentos praticados por vândalos aos prédios dos Três Poderes, em Brasília. Ele prometeu punição àqueles que classificou como criminosos e garantiu que as cenas antidemocráticas não irão se repetir.
A intervenção foi defendida por Lula, com a manifestação expressa do decreto que alegava "grave comprometimento da ordem pública no Estado no Distrito Federal, marcada por atos de violência e invasão de prédios públicos". A medida também nomeou o secretário executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, como interventor federal.
Com a intervenção federal, a União assume o comando da segurança pública no Distrito Federal no lugar do governo local. A medida vale até 31 de janeiro de 2023.