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Congresso

Tebet pede que ministro da Justiça explique ações para desbloquear rodovias

Senadora apresentou requerimento após saber que jovem foi impedido de seguir viagem para fazer cirurgia

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Na representação, Tebet pediu que, além de Torres, os diretores da PF e da PRF também sejam ouvidos | Moreira Mariz/Agência Senado
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A senadora Simone Tebet (MDB) apresentou um requerimento ao Senado exigindo a convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Anderson Torres, para explicar a atuação das forças de segurança nos bloqueios em rodovias federais. Segundo a parlamentar, o pedido visa esclarecer as medidas tomadas para liberar as vias.

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"Eu chamo de sequestradores do direito constitucional de ir e vir de todos nós. Simplesmente se sentem no direito de fechar as vias públicas e impedirem que o cidadão brasileiro possa passar em nome do que? Gritando em defesa de uma democracia quando na realidade estão fazendo exatamente o oposto: pedindo intervenção militar", disse.

Na representação, Tebet pediu que, além de Torres, os diretores da Polícia Federal (PF), Márcio Nunes de Oliveira, e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasquez, também sejam ouvidos. A iniciativa, de acordo com a senadora, aconteceu após um pai ser impedido de seguir viagem em Sorriso, no Mato Grosso, para levar o filho a uma cirurgia de urgência no olho.

O caso aconteceu na madrugada de 3ª feira (22.nov) e foi divulgado nas redes sociais. No vídeo, é possível ver o pai do menino tentando negociar com os manifestantes para passar com o carro, quando um dos homens começa a gritar dizendo que ninguém iria furar o bloqueio. "Eu não tenho filho com problema no olho. Vai a pé, uai", disse o homem.

A família do jovem estava em um ônibus com outros 24 pacientes da Secretaria de Saúde de Sorriso. Todos seriam atendidos em hospitais de Cuiabá. O grupo, no entanto, conseguiu seguir viagem apenas depois de fazer um caminho alternativo, por dentro de uma fazenda, o que gerou críticas à atuação da polícia no caso.

Em meio ao cenário, Tebet destacou que o direito da livre manifestação não pode mais causar prejuízos à sociedade, "a exemplo do impedimento da passagem de carros e de carretas carregadas, que inclusive foram incendiadas". 

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Os atos antidemocráticos, que contestam o resultado da eleição presidencial, foram retomados na última 6ª feira (18.nov), cerca de uma semana após a liberação total das vias. Segundo a PRF, mais de 1,2 mil manifestações já foram desfeitas desde o dia 30 de outubro, além de 46 prisões. Desde 3ª feira (22.nov), a corporação não registra bloqueios.

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